"O Governo especializou-se na divisão dos portugueses, convencido da "bondade" do ciúme social bem estimulado.
Nuno Crato parece que ainda recorre à receita. Desta vez foi em plena Assembleia da República.
Tratou de estimular, para além do referido no primeiro parágrafo, a desconfiança entre pares com a conversa dos professores do topo da carreira que têm horários de 14 horas. Já se sabe: com um estatuto da carreira em bolandas, com as reduções na carreira por idade em estado de sítio e num mês de mais cortes a eito nos salários, o discurso do ministro parece uma receita spin.
Só os eternamente jovens ou os que estão anos a fio sem sala de aula é que acham que um professor não deve ter redução letiva com a idade. O estatuto da carreira tem que garantir mecanismos de redução para os diversos ciclos de escolaridade e para as especificidades das disciplinas que se lecciona. Dá trabalho, mas nunca ouvi dizer que a democracia funcionasse de outro modo.
O que Nuno Crato nunca diz é que aumentou os horários dos professores e que não tocou no desmiolo legal vigente nas reduções da componente letiva por idade e tempo de serviço." @ CORRENTES
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