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Por outro lado, os professores têm quotas nos 10 escalões e são os únicos com vagas (e logo em dois: 4º e 6º escalões). Nas regiões autónomas está tudo recuperado.
Na maior parte das carreiras, o tempo em cada escalão é de 10 anos. O Governo fez as contas assim: se em 10 recuperaram 7 anos, equivale a 70%; logo, aplicaram aos professores 70% de um módulo - que é de 4 anos mas não os favorece na comparação dos índices remuneratórios - o que representou os tais 2 anos, 9 meses e 18 dias já recuperados. É injusto e inaceitável.
Portanto, os professores têm que recuperar - do período entre 2005 e 2017 - 6 anos, 6 meses e 23 dias de tempo (mais o tempo perdido em transições entre estruturas de carreira e nos escalões em que aguardam vaga para progredirem (4.º e 6.º)).
O investimento imediato (quanto mais faseado) bruto na recuperação total exigirá cerca de 300 milhões de euros e um aumento da massa salarial de cerca de 3% nos próximos 3 anos. Mas como quem se reforma será substituído por professores em início de carreira (ou por um qualquer ChatGPT), estima-se que a redução da massa salarial actual atinja uns 7% ou mais até ao final da década. São valores perfeitamente viáveis, mesmo para um orçamento do estado que desistiu de vez da escola pública.
Nota: dos mais de 6% em percentagem do PIB na mudança de milénio, já vamos em 2,9%. Aliás, desde essa data já encerraram cerca de 10.000 escolas (num universo de 15.000) o que muito contribuiu para o despovoamento do interior do país. @ Correntes, de Paulo Prudêncio
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