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terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Lourdes Castro, um dos maiores vultos da arte portuguesa, morreu este sábado, aos 91 anos


 “Eu faço objectos /Eu faço esculturas /Eu faço relevos /Eu colo coisas /Eu colo tudo o que é para deitar fora, /todas as tralhas que já não servem para nada, /velhas coisas usadas, novas, muito novas, /sem graça; /coloco-as umas ao lado das outras, /empilhadas ou seguindo linhas, não sei /quais; espaços em volta ou espaços nenhuns, /cheios. /Pinto tudo a alumínio. /É isto”, proclamou Lourdes Castro, em 1961.

 Jorge Amaral / Arquivo Global Imagens

Lourdes Castro nasceu a 9 de dezembro de 1930, no Funchal, Madeira, onde se fixou em permanência em 1983, depois de ter vivido em Lisboa, onde se formou em Pintura (1956), em Munique e Paris.
Na capital francesa, fundou a revista "KWY" (1958-1963), com René Bertholo, que congregou os artistas Jan Voss, Christo Javacheff, Costa Pinheiro, Gonçalo Duarte, José Escada e João Vieira.
Está representada em coleções nacionais e estrangeiras, públicas e privadas, destacando-se as do Victoria and Albert Museum, em Londres, do Museu de Arte Contemporânea de Belgrado, da Fundação de Serralves e da Fundação Gulbenkian, que fizeram retrospetivas da sua obra, e a Coleção de Arte Contemporânea do Estado.
Em 2020, o Ministério da Cultura atribuiu-lhe a Medalha de Mérito Cultural.
Em junho passado, foi condecorada pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com a Ordem Militar de Sant'Iago da Espada. (daqui)

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