O castanheiro é uma planta de folha caduca pertencente à mesma família de carvalhos e faias (FAGACEAE). É uma espécie arbórea capital associada à actividade humana. As suas magníficas proporções e os seus múltiplos usos tornam o castanheiro numa das mais importantes plantas culturais da história e do tempo.
Ainda que a sua origem geográfica continue a ser debatida, criou-se o mito de que teriam sido os Romanos a introduzir esta espécie, bem como o seu cultivo. Contudo, os registos polínicos (ainda que pobres em certos casos) demonstram que há cerca de 7.000 anos já os castanheiros se encontravam bem presentes na flora do Noroeste da Península Ibérica. E se quisermos recuar ainda mais no tempo, é possível afirmar que Castanea sativa terá chegado à Península Ibérica ainda durante o período Neogénico, vindo da Ásia, podendo hoje afirmar-se (de forma provocativa) que esta espécie possui um carácter autóctone.
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Em Portugal continental a sua área preferencial de distribuição é o Norte e o interior da região Centro preferindo como habitat os lugares frescos de regiões montanhosas, podendo atingir os 1.800m de altitude e tendo preferência por solos siliciosos e soltos.
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Não se esqueça que, diz a lenda, S. Martinho, um soldado romano, num dia de neve e vendaval, viu um mendigo cheio de frio, a pedir esmola. O soldado, então ainda não Santo, parou o cavalo e, com a sua espada, cortou metade da sua capa e deu-a ao mendigo, seguindo caminho. Subitamente, a tempestade desfez-se e o Sol aqueceu o cavaleiro. Daí a lenda do Verão em pleno Outono, associado a S. Martinho. Seja como for, quando chegar o S. Martinho, nada como umas boas castanhas assadas acompanhadas por uma boa água-pé, à moda do Sul, ou por boa jeropiga mais à moda do Norte. @ FUTURO
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