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terça-feira, 11 de novembro de 2025

Faz-te Ouvir

No âmbito da nova rubrica Faz-te Ouvir, o Crescer publica hoje o texto da aluna Ana Beatriz Morais da turma E do 10º ano. 







Conhecimento é o mesmo que inteligência?
Será que quem sabe e conhece é inteligente? E quem é inteligente, sabe e conhece? Mas, o que é ser inteligente? O que é saber e conhecer?
A inteligência é certamente um dom de nascença. Ser inteligente é saber estudar e pesquisar. O ser inteligente é manipulador e astuto. Tal como Fyodor Dostoevsky escreveu, "A melhor maneira de impedir um prisioneiro de escapar, é ter a certeza que ele nunca saberá que está preso." Só um ser muito inteligente saberia isto, certo? Ou talvez só um ser que, em dias, já foi manipulado, conhecia tal mestria da manipulação. O conhecer é viver uma vida de lições, experienciá-las e, só quem é demasiado incompreendido as escreve e guarda para que os mais curiosos as procurem. Como um tesouro, o conhecimento. Só o sábio é conhecido como um tolo. "Um tolo que só diz disparates", ou talvez, alguém que sabe demais. Sabe verdades tão desconhecidas que ninguém as entende, ninguém as sente. Isso é ser um conhecedor.
Porém, o sábio sabe realmente alguma coisa? Porque, como se sabe, um dos maiores filósofos da história — e considerado um dos mais sábios — afirmou: "Só sei que nada sei."
Mas será que ele realmente nada sabia? Ou sabia tanto que percebeu que há muito que nunca iremos compreender?
A verdade é que muitas das questões colocadas há séculos continuam sem resposta.
Será Deus o único verdadeiro conhecedor da verdade?
Será que ninguém sabe o porquê de tudo?
Ou talvez aquele que sabe ainda esteja por nascer?
Uma coisa é certa: poderíamos pedir aos nossos antepassados que resolvessem um complexo exercício de matemática, e talvez não soubessem fazê-lo.
No entanto, essas mesmas pessoas compreendiam muito melhor o verdadeiro sentido da vida.
Talvez soubessem que “o mistério da existência humana não está apenas em permanecer vivo, mas em encontrar algo pelo qual valha a pena viver” — algo que nos inspire a lutar.
Pessoas assim podem não ser consideradas inteligentes pela sociedade em que vivemos, mas são, sem dúvida, profundamente sábias.
Tudo o que foi dito é pouco diante de todas as perguntas que ainda restam por fazer. Se nada do que foi aqui citado faz sentido, é porque está certo — afinal, a essência está justamente na incerteza e no não saber.
Porque, no fim do dia, não sabemos realmente nada.


Ana Beatriz Morais, nº 1, 10ºE





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