“Quando a sociedade não tem juízo a escola é que paga”

 Diretores criticam “desvarios dos adultos” que não cumprem regras da DGS

O Presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, Filinto Lima, criticou o comportamento da sociedade fora das escolas, que contribui para a existência de restrições dentro destes espaços.

“Temos procedimentos, desde o arranque do ano letivo, que os nossos alunos cumprem. Mas lá fora, eu penso que a sociedade não está a cumprir algumas das regras que a DGS pede para serem adotadas”, disse em declarações à ‘SIC Notícias’.

Esta situação traz consequências. “Quando a sociedade não tem juízo a escola é que paga, desde logo aquilo que vai acontecer no arranque do segundo período letivo” que será retardado uma semana “em virtude dos desvarios que nós adultos vamos cometer no Natal e no Ano Novo”, refere.

Não é a escola que está a mover este constrangimento, é a sociedade que traz o vírus para o interior da escola, o vírus nasce lá fora, com os incumprimento de algumas regras e com os desvarios dos adultos, mas depois quem vai pagar são as crianças”, critica.

Filinto Lima sublinha que “não gosta de ver que por culpa da sociedade os nosso alunos é que estão a pagar” e dá o exemplo dos “confinamentos” e do “ensino à distância”.

“Cada vez que um delegado de saúde envia para casa uma turma inteira, devíamos pensar no prejuízo que estamos a causar àquele alunos”, conclui o responsável.

Esta ideia já tinha sido transmitida pelo próprio à Multinews. “Desde o início do ano letivo que estamos a gerir o Covid nas escolas. O vírus não cresce dentro das escolas mas é trazido do exterior. Nós cumprimos desde sempre as regras da DGS”, disse na semana passada a propósito do aumento dos surtos nas escolas.

“Eu só queria era que a sociedade cumprisse os procedimentos a que nós obrigamos e cumprimos dentro das escolas, o que não acontece lá fora”, acrescentou deixando no ar a mesma critica à população. @ Sapo