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quarta-feira, 7 de julho de 2021

Educação: metas curriculares do básico e secundário mudam já em setembro

 O ano letivo de 2021/2022 vai arrancar com novidades. O Governo quer mexer nos currículos para que os alunos, ao longo de 12 anos de escolaridade, desenvolvam “uma cultura científica e artística de base humanista, alicerçada em múltiplas literacias, no raciocínio e na resolução de problemas, no pensamento crítico e criativo, entre outras dimensões”.

O despacho, que “procede à definição dos referenciais curriculares das várias dimensões do desenvolvimento curricular, incluindo a avaliação externa”, refere ainda um amplo inquérito a professores, cujos resultados foram apresentados em abril de 2016, em que se concluiu que a extensão dos currículos revelava-se problemática por não haver tempo para a “diversificação de metodologias, consolidação das aprendizagens, diferenciação pedagógica ou articulação interdisciplinar”.
Se até agora os programas de cada disciplina não interagiam entre si e eram elaborados de forma autónoma, a partir do próximo ano letivo, a tutela quer que “os documentos curriculares de todas as disciplinas e em todos os anos” sejam “coerentes e uniformes, deixando de coexistir programas, metas ou outras orientações, construídos com pressupostos teóricos distintos ou formatos diferenciados, impeditivos de um trabalho global e que relacione os temas e domínios das diferentes disciplinas.”
A tutela quer também reforçar a definição de Aprendizagens Essenciais das Disciplinas. Neste projeto estiveram envolvidas a Direção-Geral da Educação, a Agência Nacional para a Qualificação e Ensino Profissional, I. P., e as associações profissionais, que por sua vez estabeleceram parcerias com especialistas das diferentes áreas, designadamente sociedades científicas e instituições de ensino superior.
O objetivo é que sejam estas entidades a definir aquilo que serão as Aprendizagens Essenciais para todos os anos e para todas as disciplinas, “entendendo-se «essencial» não como mínimo, mas como as dimensões que nenhum aluno pode deixar de aprender e que constituem a base para um aprofundamento flexível e enriquecido dos temas e conteúdos de cada disciplina
Sobre o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, o Governo, como se lê no decreto, procedeu a uma reflexão sobre os documentos curriculares das várias disciplinas. Este Perfil é o “documento de referência que estabelece a matriz de princípios, valores e áreas de competências a que deve obedecer o desenvolvimento do currículo”, “apresentando um caminho curricular através do qual todos os alunos devem, ao longo dos seus 12 anos de escolaridade, desenvolver uma cultura científica e artística de base humanista, alicerçada em múltiplas literacias, no raciocínio e na resolução de problemas, no pensamento crítico e criativo, entre outras dimensões.” @Sapo

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