Era uma vez um dedo que andava sempre com frio. A sua dona, a senhora dona Filipa, para tentar
resolver o problema, ofereceu-lhe um dedal. O dedal e o dedo andavam sempre
juntos, nunca se separavam. Falavam de tudo e mais alguma coisa. Certo dia,
estavam a passear e foram contra as silvas. O dedo não se magoou mas o dedal
por sua vez, ficou todo arranhado.
- Estás bem?
- perguntou o dedo.
- Sim,
apenas um bocadinho arranhado. Nada de mais.
- Desculpa! Não vi que tinha ali espinhos! - disse o dedo, muito inquieto.
- Não faz
mal, está tudo bem.
- Sinto-me
mesmo mal! Desculpa, outra vez.
- Esquece
isso. Sabes o que é que me apetecia neste momento? Apetecia-me mesmo uma pêra,
daquelas muito docinhas que nos levam ao céu.
- Exatamente!
E um chá a acompanhar. O que me dizes? Aceitas ir lanchar comigo? É a minha
maneira de te pedir desculpa.
- Oh, dedo, tu queres mesmo sair comigo? Como um encontro? - perguntou o dedal.
De imediato
o dedo respondeu:
- Sim!
Aceitas?
- Mas nós
somos dois homens! O mundo vai julgar-nos. Eu não estou preparado para isso.
- Eu
acredito que o nosso amor é mais forte do que tudo, dedo. Eu amo-te!
Por breves
momentos o dedo corou, e ficou sem saber o que dizer:
- Eu também te amo...
E assim, os
dois viveram felizes, na paz do amor, lutando contra a discriminação.
Cristina Oliveira, 8º B
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