Sabe-se que "um em cada três professores está à beira de um esgotamento e 37% com problemas de voz". São mais sinais do plano inclinado da profissão de professor a que se acrescenta o clima de indisciplina que transparece como vigente para a opinião pública.
Há menos de um ano, N. Crato disse, como "conclusão prática", que a existência de 26.500 candidatos para 2.000 lugares no último concurso de vinculação para professores contratados tranquilizava o MEC, e que, por isso, não haveria falta de professores nos tempos mais próximos. Subentendeu-se que o MEC pode continuar a tratar para além da troika os que estão em funções ou os que aspiram a isso. Sublinhou o argumento nas últimas entrevistas (há muito que não fala, realmente) a propósito do número elevado de professores em "fuga" através das rescisões.
Alguns dos que acreditaram em N. Crato tomaram como verdadeiro o seu discurso em nome da elevação do "professor". Imagino, e nota-se bem, a desilusão. A única medida de "elevação" que se conhece do ministro é, na sua tortuosa lógica, a prova de ingresso para os professores contratados. No resto, e mesmo nas questões muito remotamente financeiras, N. Crato nivela por baixo, com desconhecimento e recheado de preconceitos contra a escola pública.
Voltando aos 26.500 candidatos, e sem querer maçar os leitores com detalhes, é bom que se saiba que há grupos de recrutamento, como se diz agora, que a breve prazo não terão candidatos desempregados e muito menos alunos no ensino superior ou nos cursos do ensino secundário que indiquem essa preferência. @ CORRENTES
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