A Suécia, pioneira na digitalização da Educação, está “a voltar ao papel e à caneta”
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Johan Pehrson - ministro da educação até junho 2025 Nuno Ferreira Santos
Na década de 90, a Suécia era considerada um modelo em termos de Educação e as suas decisões em termos de educação — transferência de poder para as comunidades locais, grande investimento no ensino independente, garantia da "liberdade de escolha" total às famílias — serviram de inspiração a outros países. O país foi também pioneiro na digitalização da educação. As escolas foram equipadas com computadores e tablets. Livros de papel foram substituídos por manuais digitais.
Decisões essas agora reequacionadas. Entre 2022 e 2025, perante crescentes preocupações sobre os resultados de aprendizagem, o governo sueco lançou um programa nacional para reintroduzir manuais escolares em papel e regressar ao básico: ler, escrever, fazer contas bem e ter disciplina na sala de aula. Foram investidos 104 milhões de euros para garantir manuais impressos a todos os alunos – em complemento, não em substituição, das ferramentas digitais.
A sociedade sueca, como tantas outras no hemisfério norte, debate intensamente os prós e contras da digitalização, sobretudo no caso das crianças mais pequenas.
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