Há 166 escolas interessadas.
Acabar com os três períodos de avaliação e seguir o modelo universitário de dois semestres, de forma a facilitar a organização escolar e melhorar o rendimento dos estudantes. Esta é a ambição de muitos diretores de escolas do Ensino Básico e Secundário já para o próximo ano letivo, avança o “Correio da Manhã” esta segunda-feira.
Há, pelo menos, 166 escolas ao nível nacional interessadas nesta medida. “Vamos pedir ao Ministério da Educação que no âmbito da nossa autonomia possamos avaliar os alunos semestralmente e acho que poderemos colher frutos desta nova divisão do ano escolar”, disse ao Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (Andaep), ao matutino.
Desta forma, o calendário escolar anual será o equivalente ao que se pratica no regime universitário: o primeiro semestre decorrerá entre setembro e fevereiro, o segundo entre fevereiro e junho. Para os responsáveis escolares, esta nova divisão resolve o problema do desiquílibrio temporal entre os três períodos.
“No último ano letivo, por exemplo, tivemos um primeiro e segundo períodos longos e um terceiro muito curto. Um aluno com positiva nos dois primeiros períodos, no último vai para a escola brincar porque sabe que dificilmente reprova”, explicou Filinto Lima.
O presidente da Andaep, que também é o responsável pelo agrupamento Dr. Costa Matos, em Vila Nova de Gaia, vai tentar implementar esta medida em primeira mão. “Já foi aprovada em conselho pedagógico e vamos apresentar ao ME um pedido para ser aplicada em toda a escola, mas se não for possível queremos aplicar, pelo menos, nas turmas que vão participar no projeto-piloto da flexibilização curricular”, disse ao “CM”.
Até ao momento, mais de 160 escolas/agrupamentos candidataram-se ao projeto-piloto da flexibilização curricular, que arranca já no próximo ano letivo. “Na última reunião sobre este tema, em Aveiro, estavam inscritas 166 escolas”, revelou. @ Expresso
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