O Governo quer aplicar em 2014 um corte salarial aos funcionários públicos que afecta pela primeira vez todos aqueles que ganham entre 600 e 1500 euros e que duplica a penalização imposta aos que ganham entre 1500 e 2500 euros.
De acordo com uma versão da proposta de Orçamento do Estado para 2014 a que o PÚBLICO teve acesso, a redução remuneratória será, para os salários brutos (antes de qualquer corte) entre 600 e 2000 euros, situada entre 2,5% e 12%. A partir dos 2000 euros, o corte que se aplica à totalidade do salário fixa-se em 12% (ver tabela).
Isto significa que, em relação ao corte actualmente em vigor – que poupava os salários abaixo de 1500 euros e que se situava entre 3,5% e 10% para os salários acima, se verifica um acréscimo da penalização para a generalidade dos funcionários.
Os funcionários que ganham em termos brutos entre 600 e 1500 euros passam a estar sujeitos a um corte. Estão nesta situação pelo menos 170 mil funcionários.
Para os funcionários que ganham entre 1500 e 2500 euros, o corte aplicado mais do que duplica. Por exemplo para um salário bruto de 2000 euros, este ano o corte remuneratório foi de 3,5%, correspondente a 70 euros. Em 2014, o corte salta para 12%, ou seja, 240 euros.
O corte terá, mais uma vez, um carácter temporário. No entanto, na proposta, o Governo já anuncia quando surgirá a versão definitiva dos cortes ao afirmar que “durante o ano de 2014 será revista a tabela remuneratória única, por portaria do Primeiro-Ministro e do membro do Governo responsável pela área das finanças”. @ PÚBLICO
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