O Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física indica que o país não respeita a dieta mediterrânica. O peso das hortaliças à mesa é metade do que devia ser. E ingerimos mais sal do que o organismo tolera.
Os portugueses andam a trair a dieta mediterrânica. Exageram na carne e nos laticínios e tendem a não comer as proporções certas de hortaliças, fruta, tubérculos, cereais e derivados. Um novo estudo indica que também abusam do sal e que isso não é só por causa do pão e da charcutaria. É também pela quantidade de sopa que se consome no país — demasiado salgada.
Desde 1980 que as autoridades de saúde não tinham tantos dados sobre práticas alimentares e atividade física. Foi nesse ano que foi feito o último Inquérito Alimentar Nacional com recolha direta. Agora, um consórcio de investigadores inquiriu 6553 indivíduos de todo o país, 5819 dos quais duas vezes, para avaliar os hábitos da população com idades compreendidas entre os três meses e os 84 anos. Os resultados serão apresentados a partir das 9h30 desta quinta-feira na Reitoria da Universidade do Porto.
O estudo sugere que os portugueses não respeitam a dieta mediterrânica, que é Património Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO e que a Direção-Geral de Saúde adaptou à roda de alimentos. Em Portugal, esta dieta privilegia o peixe em detrimento da carne, favorece o consumo de verduras, legumes e frutas, faz do azeite a principal gordura alimentar, prevê um consumo de laticínios com moderação, recorre às ervas aromáticas, o que permite cortar no sal, e limita o uso do vinho. @ PÚBLICO
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