"Exaustos, desiludidos e baralhados" é o título do jornal PÚBLICO à notícia de mais um estudo de José João Veiga e Duarte Ribeiro, que será apresentado em Vila Nova de Gaia, nesta sexta-feira.
A grande maioria dos professores (85%) dizem que o Ministério da Educação não “valoriza” o seu trabalho PAULO PIMENTA |
“É como se um pessimismo endémico tivesse tomado conta da educação escolar”, descreve Azevedo nas conclusões do trabalho que será apresentado em Vila Nova de Gaia, nesta sexta-feira, primeiro dia que marca o período de arranque do ano letivo para o ensino básico e secundário.
O CRESCER chama a atenção para o que abaixo destaca da notícia, tão real e tão contraditório.
O que lhes causa mais “insatisfação no trabalho” em geral é a “falta de reconhecimento profissional” (57%). O que é mencionado como trazendo mais “dificuldades” no dia-a-dia é a indisciplina na sala de aula (52%), seguido da extensão dos programas (30%). Especificamente na relação com os alunos, o que causa mais insatisfação é a "falta de respeito" (58,9%).
Um dos maiores desafios com que se deparam na sua missão é “prestar atenção ao desenvolvimento afectivo e social dos alunos” (30,3%). Outro problema que coloca dificuldades, mencionado por um quarto dos professores: a avaliação do desempenho docente.
Mas, mesmo com tudo isto, quase todos (mais de 90%) acham que os alunos saem bem preparados da sua escola, do ponto de vista académico. E essa é, provavelmente, uma das ideias mais positivas que manifestam. Outra é que a palavra "paixão" é a mais escolhida para descrever este trabalho de "ensinar". @ PÚBLICO
2 comentários:
Sem fazer estudos, diria que a classe dos docentes é muitíssimo empenhada e dedicada e se está desgastada, é justamente porque o que lhe é solicitado é excessivo, burocrático, utópico e nunca reconhecido por quem de direito.
Muitos se esquecem que os professores são verdadeiros construtores de futuro e que se empenham ao máximo para preparar os alunos de forma a que sejam cidadãos realizados, participativos, reflexivos, solidários e, acima de tudo, felizes. Se cada um pensar até onde teria ido sem os professores que teve, facilmente reconhece o mérito de quem ensina e prepara para a vida.
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