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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

entrevista ao diretor (I)

O CRESCER, em julho, fez uma entrevista ao Diretor do nosso agrupamento. Essa entrevista foi publicada no anuário que fizemos sair em início de ano letivo, em suporte papel.
Porque se tratou de uma novidade, não a antecipámos antes. 
Agora, faz sentido disponibilizá-la aqui, para que todos os leitores possam dela ter conhecimento. 
Porque é extensa, publicá-la-emos, a partir de hoje, em várias posts, para facilitar a leitura.
página do mês de julho do nosso anuário/calendário
O CRESCER tem acompanhado a evolução dos tempos e sabe que têm sido muitas as alterações à gestão dos novos espaços educativos. Por isso, o CRESCER foi ouvir o diretor do agrupamento, Dr. Manuel Carneiro Ferreira, para poder saber mais de perto o que lhe vai na alma.


CRESCER: Tendo em conta a sua vasta experiência, como vê o Senhor Diretor a transformação da nossa escola em agrupamento?
Sr. Diretor: Sou a favor da verticalização. Traz vantagens a diversos níveis: facilita a organização escolar, resulta numa melhor articulação curricular e favorece a identificação precoce (logo nos primeiros anos de escolaridade) de situações problemáticas de diversa índole (indisciplina, dificuldades de integração e/ou de aprendizagem…). Por tudo isto, estou convicto que terá implicações importantes na melhoria dos resultados escolares.
 No entanto, a verticalização nada tem a ver com a criação dos mega-agrupamentos que traz consigo dificuldades de monta a nível da gestão e da organização escolar.
Sobre a fusão do prévio agrupamento horizontal com a escola secundária, é inegável que esta veio redimensionar completamente esta instituição e trouxe consigo novos desafios à gestão e organização escolares. Congratulo-me pelo facto de ser coadjuvado por uma equipa competente, eficiente e empenhada. Refiro-me em particular aos meus colaboradores mais diretos (subdiretora, adjuntos, assessores, coordenadoras de estabelecimento), mas também aos coordenadores de departamento, coordenadoras pedagógicas, coordenador do CNO e à diretora do centro de formação maiatrofa. Saliento o papel importante do Conselho Geral e as boas relações institucionais e as parcerias que mantemos com o poder autárquico. A Câmara Municipal da Maia, que tem assumido a educação como uma das suas prioridades, tem provado ser um parceiro de excelência. Saliento a colaboração que temos mantido com a Câmara na figura do Sr. Presidente Bragança Fernandes e com a Junta de Freguesia de Águas Santas na figura do Sr. Presidente Carlos Vieira. De referir ambém a colaboração e o apoio por parte de toda a comunidade educativa.
CRESCER: Como olha para um público tão distinto quanto o atual, composto por alunos do 5º ao 12º ano?
Sr. Diretor: Penso que vivemos um período de adaptação mútua. Os alunos do 2º ciclo são crianças na faixa etária dos 11-12 que têm uma dinâmica própria à qual todos tivemos de nos habituar. Se existiu uma fase de alguma perturbação, acho que já a ultrapassamos. Apesar da resistência inicial, creio que os alunos do ensino secundário se adaptaram bem aos colegas mais novos. Hoje, já se assumem como padrinhos, como protetores! Por outro lado, sinto que os alunos do 1º ciclo estão ansiosos para virem para a “escola-mãe” que eles designam por “escola grande”! Este facto, por si só, constitui um indicador importante de que a dinâmica de agrupamento está a funcionar.

CRESCER: E qual é a sua opinião sobre a oferta da escola, sobre as Novas Oportunidades e sobre os cursos EFA?
Sr. Diretor: A nossa oferta curricular é grande e diversificada - 2º e 3º ciclo do ensino básico (ensino regular e CEFs), ensino secundário (cursos científico-humanísticos e profissionais), Cursos EFA e Novas Oportunidades. Esta oferta pretende ir ao encontro das necessidades e oferecer aos alunos um maior leque de opções. Quanto ao Centro das Novas Oportunidades, devo dizer que está muito bem cotado a nível do concelho da Maia! O reconhecimento pelo excelente trabalho que tem vindo a desenvolver tem permitido a continuidade da sua atividade. Os cursos EFA têm constituído uma boa aposta porque promovem a interação da escola com a comunidade. Como exemplo, refiro o caso das turmas de alfabetização que têm funcionado nas instalações de Associações Socioculturais e Recreativas do meio. Os professores, que se sentem realizados com o trabalho que têm vindo a desenvolver com estas turmas, alimentam expectativas de lhes dar continuidade. Apesar do elevado número de alunos destes grupos, a dedicação e a responsabilidade de todos os intervenientes têm contribuído decisivamente para o seu sucesso educativo. O abandono tem sido mínimo, dado que o agrupamento tem criado condições para que os alunos se sintam bem e tenham sucesso.
(continua)

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