Número total de visualizações de páginas

quinta-feira, 24 de julho de 2025

sociedade: Chat GPT como psicólogo - riscos

Freepik
Pedir conselhos ao ChatGPT é cada vez mais comum. A disponibilidade e o não julgamento são apelativos, mas há o risco de se criar uma câmara de eco. Afinal, não está ninguém do outro lado.

A tendência é “preocupante”, considera Miguel Ricou, presidente do Conselho de Especialidade de Psicologia Clínica e da Saúde da Ordem dos Psicólogos Portugueses considera a tendência preocupante por diversas razões:

- falta de avaliação de resultados - “Estas ferramentas são feitas e colocadas à disposição como ferramentas recreativas. A psicologia é uma ciência. [Um chat que presta apoio psicológico], a existir, teria de ser estudado, como acontece com tudo o resto que estudamos até podermos dizer que funciona”.

- falta de setting, periodicidade das consultas consoante necessidades e objetivos - “Aqui funciona tudo ao contrário. Quem define o setting, quem define o que quer ou não fazer ou como é que utiliza o chat é o utilizador”

- ausência de aliança terapêutica - a “relação de confiança construída” entre terapeuta e paciente — “uma estrutura que tem limites e objectivos concretos, orientados pelo profissional que tem experiência e formação nesse sentido” — deixa de ser possível

Compreendendo o apelo do "não julgamento", Miguel Ricou reforça que enquanto seres humanos, “nos construímos através da relação com os outros”. “Agora, parece que estamos a tentar construir sociedades onde, de repente, os outros não são precisos”, lamenta.

adaptado daqui

Sem comentários: