Dois anos depois da conclusão de um curso profissional, 72% dos alunos conseguem emprego, contra 56% do ensino regular.
A oferta de cursos profissionais em Portugal tem vindo a aumentar nas últimas décadas e “Em Portugal, há planos para expandir ainda mais o ensino e formação profissionais no futuro, tendo sido anunciado o objetivo de atingir 55% da totalidade dos alunos inscritos no secundário“, assinalam ainda os autores do novo estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS).
FFMS
O estudo aponta alguns aspetos positivos:
- maior empregabilidade - 72% dos alunos que concluem o ensino profissional conseguem emprego no prazo de um a dois anos, percentagem que se fica pelos 56% entre os alunos do ensino que seguiram os cursos científico-humanísticos e que não prosseguiram os estudos.
- melhores salários - ligeiramente mais elevados (mais 1%) para os trabalhadores formados no ensino secundário profissional do que para os do ensino secundário geral.
- menor abandono escolar - o abandono escolar desceu de 39% em 2000 para menos de 10% no ano letivo de 2022/2023, e a taxa de inatividade entre os jovens (25 a 34 anos) que concluíram o ensino profissional é “notavelmente baixa“, em comparação com aqueles que concluíram o ensino geral (5,6% contra 10,6%).
Contudo, também há o reverso da medalha e são indicadas algumas sugestões:
- desfasamento com mercado de trabalho - “muitos dos alunos que concluem os cursos profissionais acabam por trabalhar fora da sua área específica de formação, o que pode sugerir a necessidade de um melhor alinhamento dos cursos profissionais com as necessidades do mercado de trabalho“.
- necessidade de estabelecer mais parcerias com o tecido empresarial - com impacto na definição do plano de estudo
- promover formação em contexto de trabalho - reforçando estágios
- melhor orientação profissional - ajudando os alunos a escolher a área que melhor se coaduna com as suas competências.
Reforça-se também a necessidade de melhorar a imagem pública dos cursos profissionais através do destaque de histórias de sucesso.
Consulte o estudo na página da FFMS
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