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quinta-feira, 30 de abril de 2020

uso generalizado de máscara? sim


Em entrevista ao podcast do Partido Socialista “Política com Palavra”, divulgado esta quinta-feira, a ministra da Saúde, Marta Temido, reconheceu que podia ter recomendado o uso generalizado de máscaras mais cedo como medida de contenção da pandemia de covid-19.
A ministra assumiu que, se, na altura, tivesse a informação que tem hoje, a decisão teria sido outra. “Se soubesse que a posição final do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças era aquela que foi, designadamente com todas as cautelas que tem em relação à possibilidade de utilização de mascaras comunitárias, que era uma coisa que nem sequer existia em termos de nomenclatura, digamos assim, teria antecipado essa solução. Mas, infelizmente, esse exercício de ver o filme até ao fim, conseguir antecipar o fim e tomar uma conduta compatível com esse fim é só para os mágicos”, disse. @ aqui
Nesse sentido, o enfermeiro António Ricardo Diegues da Silva, membro do movimento Máscaras para Todos e autor da petição pública que advoga o uso obrigatório de máscara facial na comunidade, pôs a circular uma petição, há cerca de uma semana, que conta já com mais de 2000 assinaturas. Eis o link da petição: https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=mascarasparatodos Esta medida de saúde pública é essencial na redução da taxa de contágio por COVID-19 e trará ganhos em saúde e económicos ao nosso país se for bem implementada.

Protejam-se e protejam os outros. 

governo antecipa e abre creches a 18 de maio e pré-escolar a 1 de junho

Afinal a escola dos mais pequenos vai abrir mais cedo do que se previa inicialmente. As creches abrem já a 18 de maio, enquanto o pré-escolar abre a 1 de junho. Medida facilita regresso de muitos trabalhadores ao trabalho.

     As escolas para os alunos mais novos vão abrir mais cedo do que inicialmente se previa. Em vez de 1 de junho, que chegou a ser adiantado pelo jornal Público, as creches abrem já no dia 18 de maio. Quanto ao pré-escolar (a partir dos quatro anos), que o primeiro-ministro admitira há algumas semanas abrir apenas no período praia-campo, geralmente na segunda quinzena de junho, abrirão em princípio a 1 de junho, apurou o Negócios junto do presidente da CIP, António Saraiva, e do presidente da CCP, Vieira Lopes.
     É isto que está previsto no plano de reabertura da economia que o governo partilhou hoje com os parceiros sociais e que tem estado a discutir com os partidos políticos. Estas aberturas fazem parte da segunda fase do processo que será reavaliada em função da evolução da epidemia, pelo que pode haver adiamentos caso o surto volte a ganhar força. 
     A abertura das creches será feita de forma faseada. Numa primeira fase, logo a 18 de maio, mas com limitações quanto ao número de alunos, podendo os pais optar por levar as crianças ou permanecer com elas em casa. A partir de 1 de junho, a abertura seria plena, abarcando nessa altura também o pré-escolar.
O encerramento das escolas das crianças mais novas tem um efeito arrastador em todas as atividades económicas. Os pais das crianças ficam obrigados a estar em casa, não podendo trabalhar ou tendo de o fazer à distância. Daí que em alguns países estes tenham sido os primeiros anos de escolaridade a reabrir. 
     Por outro lado, tem havido pressões grandes da parte dos estabelecimentos escolares, tanto IPSS como empresas privadas, no sentido do governo reabrir estas escolas para evitar a sangria de receitas. É que muitas famílias deixaram ou ameaçavam deixar de pagar as mensalidade, colocando estas escolas em situações muito delicadas do ponto de vista financeiro. 
     A discussão sobre a reabertura das escola tem sido acesa por todo o mundo. Além das crianças serem aparentemente pouco vulneráveis ao coronavírus, alguns especialistas defendem que estas têm também pouca capacidade de contágio de terceiros. 
     Quanto às escolas do ensino básico e secundário até ao 10º ano não existe qualquer indicação da parte do executivo que possam reabrir neste ano letivo. @ Negócios 

quarta-feira, 29 de abril de 2020

é Dia Mundial da Dança e os corpos não podem parar

Aprecie o vídeo. Emocionante como os corpos interagem e reagem ao som que se faz ouvir! Depois veja as sugestões.



Com os movimentos presos pelo confinamento, aproveitemos para celebrar o Dia Mundial da Dança e a liberdade criativa, nesta quarta, 29, com estas 11 propostas online

      Se há época em que urge recordar o impulso frenético dos movimentos e a união dos corpos que a dança propõe é esta, em que estamos confinados entre quatro paredes. A força do gesto é registada, agora à distância, em diferentes propostas de teatros e companhias espalhados pelo País, para este Dia Mundial da Dança, celebrado nesta quarta, 29.
     Comecemos pelo Teatro Viriato, que apresenta Dança-se na Montanha, um programa online com duas propostas originais. Primeiro, às 11h30, passará LAST at home, no canal YouTube, um filme inspirado na peça LAST, de São Castro e António M Cabrita, diretores da Companhia de Paulo Ribeiro. O elenco foi desafiado pelos coreógrafos para, a partir das suas casas, interpretarem e gravarem um excerto do espetáculo, criado para a obra musical de Ludwig van Beethoven, The Late String Quartets.
      Às 17h, o palco virtual do Viriato é ocupado por Sonífera Ilha, um encontro na plataforma Zoom, “pensado pelo coreógrafo Henrique Amoedo e pelo Dançando com a Diferença, no qual os participantes terão a oportunidade de conhecer melhor o conceito de dança inclusiva, as múltiplas relações possíveis entre o corpo e o movimento, assim como conhecer a história deste coletivo e a sua ligação ao Teatro Viriato”. 
     Neste Dia Mundial da Dança, haverá oportunidade de recordar espetáculos marcantes, como é o caso de A Ballet Story (2012), uma articulação harmoniosa de música, narrativa e dança feita por Victor Hugo Pontes, exibido entre esta quarta, 29, e sábado, 2 de maio, nas redes sociais da Nome Próprio, a estrutura de produção do coreógrafo.
     Já a Culturgest transmite, às 21 horas, no Facebook e no Youtube (a gravação fica disponível até quinta, 30), a peça coreográfica Cesena (2011), de Anne Teresa de Keersmaeker, que valeu à reputada coreógrafa belga o Grande Prémio da Dança de Montreal. A data será igualmente celebrada pela companhia Quorum Ballet, que apresenta o espetáculo Trio – Três Coreógrafos Galili – Giggi – Cardoso, na plataforma Vimeo, a partir das 21h30 desta quarta, 29, e até domingo, 3 de maio. Um programa que reúne as peças Until.With/Out.Enough, de Itzik Galili, Excentric-Concentric, de Barbara Griggi, e Mesa, de Daniel Cardoso. Para marcar a ocasião, o Teatro Municipal do Porto, obrigado a cancelar o Festival DDD – Dias da Dança, recorda uma das produções que por lá passaram, em 2018: Brother, do coreógrafo e bailarino português Marco da Silva Ferreira, transmitido, às 21h, na página de Facebook.
     Quem se junta igualmente aos festejos é a cooperativa cultural Largo Residências, com um programa guiado pelos olhos, pés, mãos e coração da bailarina Leonor Keil. No Facebook, às 11h, será lançada uma compilação coletiva, que inclui uma lista de músicas para dançar e uma videolist para espreitar filmes, espetáculos e afins. 
  A Companhia Nacional de Bailado (CNB) já tinha começado com um programa online, o #FicarEmCasaNaNossaCompanhia. Nesta quarta, 29, volta a revolver os arquivos, para apresentar S (2018), uma coreografia de Tânia Carvalho, disponível até sexta, 1 de maio, às 15h, no site. Os bastidores da CNB também serão recordados no documentário No Escuro do Cinema Descalço os Sapatos (2016), de Cláudia Varejão.
     O projeto Artemrede assinala a data com a estreia, noFacebook e no canal Youtube, de Água, o documentário de Eva Ângelo, com música de Carlos Bica, sobre Vale(2009), de Madalena Victorino. Um espetáculo comunitário que envolveu pessoas vindas da dança, do teatro, da música com locais com outras idades, quotidianos ou profissões, dos 12 municípios associados desta rede de Lisboa e Vale do Tejo.
       Companhia de Dança de Almada (Ca.DA) irá desdobrar-se entre a partilha de vídeos e as atividades online, quer para o público em geral, quer para a comunidade da dança. Além da disponilização online na plataforma Vimeo, às 16h, de Fobos, uma anterior produção da companhia, haverá dois vídeos coletivos, feitos para esta ocasião, nas redes sociais.
      O Museu do Oriente assinalará a data com um convite para assistir, na sua página de Facebook, à atuação de Tarikavalli, bailarina e professora francesa, de origem portuguesa, formada em Bharatanatyam, um estilo de dança clássico do Sul da Índia.
     Já a festa digital do Centro Cultural de Belém passa pela exibição de Multíplex, de Rui Horta, no Vimeo, espetáculo estreado em novembro de 2013, com interpretação do ator Pedro Gil e da bailarina italiana Silvia Bertoncelli. Victor Hugo Pontes, Olga Roriz, Miguel Ramalho, Rui Horta, João Fiadeiro, Paulo Ribeiro, Clara Andermatt, a dupla Jonas&Lander, Daniel Cardoso e Miguel Ramalho foram os bailarinos e coreógrafos convidados a deixar o seu testemunho neste dia, num vídeo disponível noYouTubeLet’s dance! @ Sapo

terça-feira, 28 de abril de 2020

as preocupações com os ecrãs em tempos de pandemia

Quanto mais vertiginosas são as mudanças, mais o ser humano sente necessidade de atribuir um significado ao que está a acontecer.
JAY ZHANG/UNSPLASH
     Ainda me recordo de, há uns anos, um pai com quem reuni dizer-me: “O problema do meu filho é excesso de electricidade” referindo-se ele, não a uma atividade motora desmesurada por parte do filho, mas sim a um uso excessivo das tecnologias digitais.
    As dependências online e a preocupação que os mais novos desenvolvam um cérebro de sinapses condicionadas pelos ecrãs e/ou competências socioemocionais empobrecidas não é uma preocupação recente, mas acentuou-se nesta fase pandémica em que todos vivemos. Nunca como agora se passou tanto tempo “ligado” ao ecrã. A sua utilização por longos períodos de tempo, durante o dia, é agora uma inevitabilidade, na medida em que o confinamento obriga à sua utilização pelos mais novos, para fins educativos, recreativos e de socialização.
     A escola vista como um local de aprendizagem, com instrumentos de cultura importantes para todos nós, sempre foi, em primeiro, um lugar de encontro, que agora passou, fisicamente, para o espaço virtual. Se olharmos para uma fotografia de uma sala de aula dos primórdios do século XX e outra do início do século XXI, não encontraremos grandes alterações. A não ser talvez o uso de electricidade. Contudo, nos últimos anos essas diferenças foram-se acentuando. Cada vez mais salas de aula estão equipadas com computador e quadros interactivos. Ainda assim, os mais novos nos países com um maior PIB per capita e provenientes de um meio socioeconómico médio a alto já tinham, na generalidade, um maior acesso ao mundo online nas suas próprias casas, do que nas escolas que frequentam. São eles os nativos digitais.
    Precisamente por esse aspecto, a sua adaptação tecnológica terá sido facilitada, por estes dias, comparativamente com os pais que são, na sua maioria, imigrantes digitais. Não obstante, se a facilidade de aprendizagem relativamente às novas tecnologias nos mais novos parece sobressair, por outro lado, coloca-se a questão de como desenvolverão e integrarão eles os relacionamentos sociais online.
    Estudos no campo da psicologia, prévios à fase pandémica, revelaram que a utilização intensiva da Internet está associada a níveis mais elevados de solidão e que tempo dedicado a relações virtuais, também apelidadas de “snackssociais”, pode ter efeitos depressivos, contribuindo para o isolamento social dos seus utilizadores.
     É conhecido o impacto que a solidão tem na saúde, não só mental, como também física, sendo apontada como um dos factores que conduz à redução de anos de vida. Assim, nesta fase, promover nos mais novos, interacções online com amigos e familiares com quem tenham mantido até agora relações em presença, poderá ajudar a prevenir o efeito da solidão, mais associada a relações exclusivamente virtuais. Quem está bem integrado socialmente está mais protegido quando crises como esta batem à porta. Apostar na promoção das competências socioemocionais dos mais novos não é um luxo. É uma questão de saúde.
     Toda a cautela é pouca, nos dias que correm, no que a previsões diz respeito. Começando logo pela duração da pandemia e seus efeitos. O cenário parece apontar mais para uma maratona, do que para uma prova de sprint ou sequer de 10.000 metros. Uma questão que, a pouco e pouco, nos vamos colocando é a de como será o mundo pós-covid-19? O que parece evidente é que será diferente. O ambicionado regresso à normalidade, ainda que progressiva, parece utópico, pois o mundo está a transformar-se e muito, com a extensão e a dimensão das mudanças em curso, por vezes dolorosas.
    Quanto mais vertiginosas são as mudanças, mais o ser humano sente necessidade de atribuir um significado ao que está a acontecer. Perante uma crise sanitária sem precedentes, na nossa geração, importa transmitir aos mais novos uma mensagem de esperança e salientar a importância da cooperação, as quais deverão prevalecer sobre o medo. Grandes eventos globais, como guerras, pandemias, crises, revoluções e rupturas constituem também uma oportunidade única, ao proporcionarem a criatividade necessária para resolver problemas desafiantes, criar novas tendências ou aprofundar as existentes. @ Público

segunda-feira, 27 de abril de 2020

ser livre é ter opinião

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ÁGUAS SANTAS
Ser livre é ter opinião

“Viver Abril fechado em casa”. O PÚBLICO na Escola desafiou os alunos da Escola Secundária de Águas Santas a darem a sua opinião.

Tal como o CRESCER anunciou em primeira mão, foram publicadas no "PÚBLICO na Escola" as crónicas de alguns dos nossos alunos, envolvidos pela professora Elsa Gonçalves no projeto de escrita subordinado à ideia de viver a Liberdade em confinamento.
Podem ver a publicação de todas as crónicas no "PÚBLICO na Escola" aqui, onde é feita uma gentil hiperligação ao nosso jornal.
Parabéns aos alunos e à professora pela participação.
O CRESCER agradece a partilha.

quando a aula online termina para pais, professores e alunos

No geral, reina o estranho sentimento de pensar que se pode finalmente ver um filme ou outro com três reuniões agendadas, tarefas por entregar, e-mails a enviar, propostas a definir, chamadas a atender, outras tantas por fazer e filas de espera em frente à porta de um supermercado a aguentar.

A aula online acaba. O professor tem agendada, dentro de 30 segundos, uma reunião com o conselho pedagógico para definir estratégias de futuro. Sai e recebe um e-mail com o novo ID e senha para a reunião de “como preparar as aulas da semana seguinte”. As aulas terão de ser lúdicas, interactivas, cheias de criatividade, interessantes, divertidas, alegres, espectaculares, espantosas e encantadas, sem esquecer o conteúdo, o programa, as metas, as linhas orientadoras do currículo nacional, o peso dos alunos com os trabalhos de outras disciplinas, aqueles que não têm internet ou computador em casa. Tem ainda de responder aos pais que pedem mais trabalhos e se queixam da falta de preparação das escolas, aos que reclamam da quantidade exorbitante de tarefas a serem dadas aos filhotes e, ainda, aos que não dão sinal de vida. Serão 23h e, de rabo espalmado, olhos inchados, cheio de fome, com três chamadas não atendidas de um familiar e sem ter tido tempo de ir à casa de banho, decide dormir porque tem aula às 8h30 do dia seguinte. Isto foi o caso do professor solteiro. Imagine-se aquele que tem três filhos com aulas online
Os pais, que assistiram à aula no canto da secretária para não serem apanhados pela câmara, monitorizaram a criança que não sabe (pensam eles) mexer no Zoom, no Microsoft Teams, no Classroom, na escola virtual, no e-mail e nos documentos e nas pastas, uma para cada disciplina, cada ano, cada filho, cada idade, cada professor e triplamente organizadas em “Por fazer”, “Feito, pronto a enviar”, “Recebido, a corrigir”. Agora já sabem que não só os filhos sabem mexer com tudo isto, como já sabem cortar os áudios e vídeos dos colegas e professor durante as aulasonline e partilhar as suas telas por 20 minutos, desculpando-se com o súbito “acidente” provocado. No final da aula, os pais recebem um telefonema do trabalho com o alertas de prazos finais, outro do cônjuge a pedir ajuda com o almoço porque também ele esteve num outro computador, numa outra aula online. Tem de ser, claro, uma decisão rápida porque são 13h30 e as aulas da parte da tarde começam às 14h. 
aula online terminou e os alunos organizam pastas de trabalhos a fazer, trabalhos já corrigidos com necessidade de revisão rápida e cadernos das aulas que vêm a seguir. Limpam ao mesmo tempo a parte do quarto à qual a câmara dá acesso, colocando a pilha de roupa que estava do lado esquerdo no direito e os pacotes de bolachas que estavam atrás do ecrã do computador passam de novo para a frente, já que agora podem comer sem serem vistos. Agarram no telemóvel e partilham printscreens uns com os outros pelo WhatsApp e Messenger de momentos em que a imagem parou e o João estava de olhos fechados, a Maria inclinava-se para a frente de tal forma que só a testa era visível e a professora estava de boca aberta porque relembrava o Canto X de Os Lusíadas. Como só têm a tarefa de ter aulas online e não fazer nada, são transformados, de forma injusta, em autênticas fadas do lar, aprendendo a separar roupa preta, branca e vermelha para as várias rondas que a máquina de lavar roupa faz, a passar a ferro camisas que devem ficar bem vincadas na parte dos ombros para que os pais se apresentem elegantes aquando de reuniões pela câmara com os chefes, a aspirar, cozinhar e outras tantas actividades que deixem todos felizes, menos carregados e mais ou menos cansados. 
No geral, reina o estranho sentimento de pensar que se pode finalmente ver um filme ou outro com três reuniões agendadas, tarefas por entregar, e-mails a enviar, propostas a definir, chamadas a atender, outras tantas por fazer e filas de espera em frente à porta do supermercado a aguentar. Isto tudo, claro, sem esquecer o treino do Paulo e Helena no Insta às 19h30. A mensagem é clara: Fiquem em casa, abram os vossos habituais cinco separadores: e-mail, YouTube, Classroom, Microsoft Teams, Facebook/Instagram. Preparem o cabelo, o espaço que a câmara do vosso PC apanha para a vossa próxima reunião Zoom e entrem com o ID: pais, alunos e professores. Senha: covid-19. @ Público

sábado, 25 de abril de 2020

dia da liberdade

25 DE ABRIL


Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo
Sophia de Mello Breyner Andresen

sexta-feira, 24 de abril de 2020

"Viver abril fechado em casa"


O trabalho de Escrita «Viver abril fechado em casa» surgiu como proposta de trabalho numa aula de Português de 10º ano (turmas C, G e H, do Agrupamento de Escolas de Águas Santas), no âmbito do Ensino à distância.
O formato proposto foi um texto de opinião (crónica), que refletisse a contradição de vivenciar o dia da Liberdade, confinados e enclausurados em nossas casas. Os trabalhos apresentados foram selecionados para o «Jornal Crescer», Jornal Escolar em formato digital do referido Agrupamento, e serão publicados no «Público na Escola».
cortesia de Elsa Gonçalves, docente responsável pelo projeto


Amanhã poderão encontrar no «Público na escola» estas e outras crónicas que o "CRESCER" avança em primeira mão. As três crónicas que aqui se publicam constituem uma mera escolha da equipa editorial. São três crónicas que bem ilustram as "portas que abril abriu".



A liberdade conquistada no 25 de abril e a clausura que nos obrigam a viver na atualidade
Em breve iremos comemorar o quadragésimo sexto aniversário do acontecimento que ficou para sempre marcado na História de Portugal, na memória dos portugueses que um dia viveram num regime ditatorial: 25 de abril, a Revolução dos Cravos que nos devolveu a liberdade.
A minha geração deve ao 25 de abril a liberdade de pensar, participar, exprimir e discordar. Já passaram 46 anos e já são muitos os portugueses que, felizmente, nunca viveram num país em que censura e  medo eram as palavras de ordem.
Os desafios dos jovens antes do 25 de abril de 1974 estavam centrados em três objetivos: a paz em África, a democracia e o desenvolvimento. Em 2020, o desafio dos jovens é muito mais global, complexo e exigente com uma revolução digital em curso, rápidos avanços tecnológicos e científicos  e problemas ambientais graves pelo efeito das alterações climáticas.
Hoje, Portugal vive em estado de emergência devido à Covid-19. Esta doença alterou a vida das pessoas. As populações estão em estado de alerta. Instalou-se o medo, a apreensão e a angústia, sentimentos outrora experimentados pelos nossos pais ou avós.
O país combate de forma desigual um inimigo invisível que não dá tréguas. Na linha da frente há um exército de bons soldados, aqueles que não podem ficar em casa para que os outros não integrem as listas dos infetados. São técnicos e auxiliares de saúde, médicos, enfermeiros, polícias, militares, bombeiros, autarcas, funcionários dos supermercados, de distribuição de correio e de produtos e serviços, e outros tantos que, no dia a dia, arriscam tudo, para o bem de todos nós.
O país obedeceu às decisões das autoridades, cumpriu as medidas impostas, e a grande maioria acatou. Os poucos que não cumpriram, geraram uma onda de revolta generalizada. A exceção tornou-se normal. A oposição tornou-se colaboração. Há, pela primeira vez em democracia, uma unidade nacional e natural. O país mobilizou-se e uniu-se contra o inimigo comum.
Todos fomos chamados para abdicarmos “temporariamente” da nossa liberdade e concordamos. Porque não é a liberdade ou a democracia que estão em risco, mas sim a vida.
Esta é uma grande conquista de Abril: uma nação que se une para combater um inimigo comum.

Ana Beatriz Silva

A liberdade conquistada no 25 de abril e a clausura que nos obrigam a viver na atualidade

Nos dias que correm, temos vivenciado algo diferente: o terror de uma pandemia, desta vez, da COVID-19. Tendo em conta a sua expansão no mundo, em Portugal foi implementado um estado de emergência, aliado a uma quarentena que, infelizmente, já dura há mais de quarenta dias.
Do meu ponto de vista, as condições a que temos sido submetidos são indispensáveis para controlar este surto. Contudo, estas têm sido aceites pelas pessoas de formas distintas, havendo quem esteja a aguentar bem e pacientemente e quem se esteja a sentir em pânico por quase não poder sair de casa.
Pessoalmente, achei que seria muito mais complicado do que realmente tem sido, mas isso não me impede de sentir saudades de passear, de ir à escola, de ir às compras ou, simplesmente, de poder sair de casa sem qualquer restrição deste género.
Eu sei que há muitos indivíduos a não concordarem, porém, na minha opinião, o aparecimento deste vírus trouxe benefícios ao planeta, pois as limitações impostas conduziram, por exemplo, à redução dos níveis de CO2 e ao consequente abrandamento do aquecimento global. Há males que vêm por bem.
Agora que se aproxima o  glorioso 25 de abril, data que marca a queda de uma ditadura que atormentou o país durante vários anos e assinala a conquista da liberdade, as pessoas queriam ir para as ruas celebrá-lo, algo que este ano não acontecerá devido à clausura que nos foi imposta. Isto contradiz, de alguma maneira, o significado desse dia, mas apesar desta contingência, temos de ser positivos e pensarmos que tudo o que está a acontecer é o preço a pagar para voltarmos a ter uma vida normal e livre.
Concluindo, podemos afirmar que estes dois acontecimentos são completamente discrepantes e que, embora o confinamento seja difícil, o impedimento de um levará à contínua diminuição do outro.

Sofia Resende



25 de abril e a clausura atual

      25 de abril de 1974 foi um dia que ficou para a História pois conseguimos conquistar a Liberdade. Atualmente, vivemos num regime político que tem por base a democracia. Então, por que estamos fechados em casa com regras e restrições?
     O 25 de abril foi uma data muito importante, pois o regime ditatorial foi derrubado definitivamente; conseguimos conquistar a liberdade e os nossos direitos; a PIDE (Polícia Internacional de Defesa do Estado) foi extinguida, a censura deixou de existir e, atualmente, podemos expressar a nossa opinião livremente sem sermos presos ou torturados. Embora seja do conhecimento comum que a ditadura foi um acontecimento negativo, ainda há pessoas que não festejam a nossa liberdade e são a favor da ditadura. Apesar do regime fascista ter sido destituído no dia 25 de abril de 1974, não impede que, atualmente, partidos políticos com ideais ditatoriais tenham representação na sociedades.
       Na minha opinião, devemos estar atentos a tudo que acontece à nossa volta, pois não podemos permitir que se volte a instalar este regime em Portugal. Nós, os mais jovens, temos a responsabilidade de não deixar esquecer esta data, o que ela simboliza, festejar e lutar para que continue garantida a liberdade de todos.
      Normalmente, festejamos o 25 de abril nas ruas, mas atualmente estamos com um problema de saúde pública que já afetou milhares de pessoas pelo mundo, o Coronavírus. Este vírus, que pode ser transmitido facilmente entre os humanos, obriga a que tenhamos de manter um certo distanciamento social, ou seja, não podemos estar muito próximos uns dos outros e a ter cuidados especiais de higiene pessoal. Devemos seguir as orientações da Organização Mundial de Saúde, saindo apenas para tarefas ou trabalhos essenciais. O cumprimento destas regras e recomendações, não implica que não tenhamos liberdade novamente. Elas só estão em vigor para que as pessoas se mantenham seguras, não transmitam ou se contagiem com o vírus e, assim,  não piorem a situação. Antes de vivermos num regime democrático as pessoas não podiam sair à rua, mas por razões políticas. Muitas eram enclausuradas nas prisões, como garante para o regime fascista de que não “contagiariam” a restante população com os seus ideais democráticos.
      Por isso, devemo-nos sentir felizes pelo facto de vivermos em liberdade, de escrevermos, falarmos e exprimirmos as nossas opiniões livremente, sem sermos censurados ou presos por isso.
    Apesar do constrangimento de estarmos confinados em casa, na minha opinião, temos de pensar que a quarentena é por um bem maior e se nós a respeitarmos, o aborrecimento e a tristeza de estar em casa vai acabar mais cedo, porque tudo ficará resolvido mais rapidamente.
José Braga



Jornal da Tarde 90 - especial quarentena


                                                                                                                                cortesia de Ricardo Mazzei

quinta-feira, 23 de abril de 2020

biblioteca em casa

Ainda a propósito dos livros


Aproveitamos a ocasião para divulgar uma página do blogue da Biblioteca designada "Biblioteca em casa" que está a ser construída para, na medida do possível, criar um espaço virtual que disponibiliza ebooks, audiolivros e informação para todo o agrupamento.

Aqui fica o link. 

Depois de lá estarem, não se esqueçam de clicar em BIBLIOTECA EM CASA para aceder aos conteúdos.

Boas leituras!

Dia Mundial do Livro celebra-se esta quinta-feira em confinamento através dos meios digitais

Várias editoras lançaram campanhas e iniciativas de incentivo à leitura e para celebrar o Dia Mundial do Livro, como clubes de leitura e a campanha "Adota uma livraria".

O Dia Mundial do Livro, que se celebra esta quinta-feira, envolto em restrições devido à pandemia de Covid-19, vai ser assinalado com iniciativas literárias que apostam no digital, como passatempos, campanhas, lançamentos e vendas “online”.
“O momento que atravessamos impôs uma realidade que nos afastou das rotinas habituais”, mas ainda assim “este reajustamento ao contexto em que vivemos, permite a celebração”, assinala a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), que desenvolveu uma campanha de apelo e estímulo à leitura, que recorre ao Facebook e ao Instagram, através dos quais os leitores são convidados a partilhar aquilo que estão a ler.
Também os editores da Leya escolheram este dia, “tão diferente dos anteriores”, para anunciar o “Próximo Capítulo”, um clube de leitura, de promoção de debate e partilha sobre livros de ficção e de não-ficção. Esta iniciativa pretende aproximar os leitores do mundo editorial e apresenta-se como um espaço de partilha entre quem edita e promove os livros, e quem os lê.
As inscrições decorrem entre esta quinta-feira e 5 de maio, através do e-mail proximocapitulo@leya.com, e os participantes serão informados sobre os livros a ler e como adquiri-los, com condições exclusivas, na livraria “online” da LeYa, bem como sobre as datas dos encontros, numa primeira fase através de plataforma digital e, mais adiante, presenciais.
As editoras Antígona e Orfeu Negro lançaram juntas a campanha “Adota uma livraria”, que convidou os leitores a, ao longo de dez dias, que terminam esta quinta-feira, encomendarem livros através daquelas editoras, para que 30% do valor das vendas revertesse para uma livraria especifica, entre dez escolhidas, uma para cada dia.
A Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB) criou um passatempo para celebrar o Dia Mundial do Livro, convidando os leitores das bibliotecas públicas a elegerem a sua obra literária favorita. Os resultados do passatempo #UmaBibliotecaUmLeitor são conhecidos esta quinta-feira e serão anunciados os livros — adulto e infantil – preferidos dos leitores.
Outra iniciativa que parte da DGLAB é a criação de uma imagem oficial do Dia Mundial do Livro, para a qual foi convidada a ilustradora Mariana Rio, que desenhou uma ilustração dedicada à efeméride, tendo em conta que este é um ano difícil para quem faz, vende e lê livros.
A ideia base é que as pessoas também são feitas de livros e de leituras, e por isso Mariana Rio retratou duas pessoas a conversarem e, numa espécie de radiografia ao corpo, percebe-se que também são feitos de livros.
A Bertrand Editora disponibiliza em exclusivo, e até dia 26 de abril, para venda “online” oito novos livros que ficaram em suspenso entre março e abril devido à Covid-19 , selecionados com o objetivo de tornar mais tranquila e produtiva a experiência dos leitores neste período.
Os livros em causa são “A Casa Alemã”, de Annette Hess, “Homo Biologicus”, de Pier-Vincenzo Piazza, “O Infame Dicionário Cómico de Língua Portuguesa”, de Eduardo Madeira, “O Livro do Seu Bebé”, de Hugo Rodrigues, “Curso de Meditação”, de Osho, “Inspiração do Monge que Vendeu o Seu Ferrari”, de Robin Sharma, “Nada a Temer”, de Julian Barnes, e “O Cérebro Consciente — Uma Longa História de Vida”, de Joseph LeDoux.
A Ideias de Ler, do grupo Porto Editora, publica esta quinta-feira “O Incrível Sistema Imunitário”, de Daniel M. Davis, investigador científico e professor de Imunologia na Universidade de Manchester, obra que “revela como funciona a intrincada linha de defesa do corpo humano”.
O Dia Mundial do Livro é comemorado desde 1996, por decisão da organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), no dia 23 de abril, data que coincide com o desaparecimento de escritores como Miguel de Cervantes e William Shakespeare.@ Observador

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Dia Mundial da Terra: um planeta em cada janela

O Dia Mundial da Terra comemora-se com conversas, debates, divulgação de boas práticas ambientais, filmes. Tudo online. Devido à pandemia da covid-19 é assim que se celebra o 50ª aniversário do dia Mundial da Terra. (@ DN)

@ LUSA

Mas também pode ser celebrado em casa. Esse é um projeto de arte em família, da iniciativa da "Parents for the Future Portugal" pede um planeta em cada janela.

É num momento diferente da nossa história que se celebra o “Dia da Terra”, que hoje se comemora pela 50ª vez.
As manifestações nas ruas não vão acontecer, devido à pandemia, e por isso pensa-se em algo diferente.
O apelo da "Parents for the Future Portugal" é de que pais e filhos se unam para construir um planeta em casa e o coloquem à janela.
Uma atividade para toda a família, como explica Carla Franco, membro da organização. Ouça o clip.

   

terça-feira, 21 de abril de 2020

os cães e os gatos podem contrair Covid-19 e transmitir a doença aos humanos?

É uma dúvida persistente nas redes sociais e já motivou diversos pedidos de verificação por parte de leitores do Polígrafo. Afinal, os cães e os gatos podem contrair Covid-19 e transmitir a doença aos humanos? Esta questão tornou-se ainda mais recorrente depois de um tigre do jardim zoológico de Bronx, em Nova Iorque, Estados Unidos da América (EUA), ter apresentado sintomas e testado positivo à Covid-19, doença resultante do novo coronavírus SARS-CoV-2.

No sentido de esclarecer os leitores, o Polígrafo questionou vários especialistas e consultou os escassos estudos científicos publicados que incidem sobre esta possibilidade de transmissão.
Nas situações reportadas de contaminação de animais - domésticos e selvagens - “houve sempre uma ligação com o humano infetado”, começa por salientar Fernando Boinas, investigador no Laboratório de Doenças Infeciosas da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa. “O sentido da infeção, até agora, tem sido sempre do humano para os animais” e não o contrário.
O Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA reconhece que existe a possibilidade de os animais domésticos poderem contrair a doença a partir dos seus donos, caso estes estejam infetados. “Existe a possibilidade de alguns animais ficarem infetados através do contacto próximo com humanos infetados. São necessárias mais provas para entender se os animais selvagens e animais domésticos podem transmitir a doença”, informa-se na página da CDC.
Também a Organização Mundial para a Saúde Animal (OIE) admite a “possibilidade de alguns animais ficarem infetados através do contacto próximo com humanos infetados”, mas sublinha que “a predominante via de transmissão da Covid-19 é de humano para humano”.
Quanto à eventual contaminação em sentido inverso, a partir dos animais, no dia 8 de abril de 2020 foi publicado um estudo científico na revista "Science" que analisa a possibilidade de replicação do vírus SARS-CoV-2 em diferentes espécies de animais. De acordo com as respetivas conclusões, os gatos e os furões surgem no grupo de espécies em que o vírus se replicou e foram contaminados com a Covid-19, enquanto os cães, porcos, patos e galinhas fazem parte do grupo que não apresenta uma grande reação ao vírus. No caso particular dos gatos chegou mesmo a existir contágio para outros animais não contaminados, mas a um nível reduzido.
“O mais importante aqui é que no caso dos gatos houve uma situação mais complicada porque os títulos, após infeção experimental, foram relativamente elevados e verificou-se que havia transmissão por via aérea. Mas era com muito poucos animais”, explica o investigador Fernando Boinas, em declarações ao Polígrafo.
É também relevante ter em conta que o número de relatos de animais que testaram positivo à Covid-19 em todo o mundo é muito baixo, principalmente quando comparado com os valores reportados nos humanos. “Nós estamos a falar de milhões de pessoas infetadas e houve um ou dois relatos de animais que possam ter ficado contaminados”, destaca Alexandra Correia, imunologista veterinária e investigadora no Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto. Atualmente, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), foram identificados perto de dois milhões de casos positivos em humanos ao nível mundial.
“Isso já tinha acontecido com o SARS-CoV”, prossegue a investigadora, referindo-se à epidemia de 2003. “Nessa altura também não foi valorizado, nem foi provado sequer, que pudesse haver a transmissão dos gatos para os humanos ou que eles pudessem ser reservatórios. Não há caso nenhum que tenha sido reportado” em que um humano tenha sido contaminado pelo gato. “Eu diria que é muitíssimo improvável, não há dados absolutamente nenhuns, mas neste momento não é possível dizer - à luz dos conhecimentos que temos - que é impossível”, conclui.
“Agora temos sempre de ter cuidado. Isto é tudo muito novo, não sabemos o que é que pode acontecer. É preciso alguma cautela, alguma precaução e temos de tratar os animais da mesma forma que trataríamos uma pessoa com quem convivêssemos”,  aconselha.
Cuidados a ter com animais domésticos durante a pandemia
Numa altura em que a pandemia ainda não está controlada, é preciso ter alguns cuidados para se proteger e para proteger os seus animais. “Neste momento temos de ver tudo num contexto mais global e ver os animais tal como vemos um humano”, realça Alexandra Correia. “Ter um contacto menos próximo, lavar logo as mãos antes de tocar no animal para evitar contaminar - no caso de nós estarmos contaminados - e depois, igualmente, para o caso de o animal estar contaminado ou ter deposição de partículas víricas”.
Além disso, as regras de etiqueta respiratória também são essenciais: “Se não espirramos perto de uma pessoa, não espirrar perto de um animal também; se tapamos o nariz e a boca quando espirramos, ou quando tossimos, fazer exatamente o mesmo quando estamos com um animal”, frisa a investigadora.
No caso dos gatos, é importante que não deixe o seu animal sair à rua sozinho, “porque se o animal sai de casa, não temos qualquer tipo de controlo”, alerta Fernando Boinas. Para os cães, os passeios costumam ser uma alegria, mas a verdade é que também eles devem seguir as regras de isolamento social. “Nunca se deve levar animais para ambientes com muitas pessoas ou com outros animais, porque isso é a mesma coisa que nós estarmos em supermercados ou em ambientes públicos. Devemos evitar ao máximo esse tipo de contactos”, sublinha.
O que está recomendado nestes casos é tomar as precauções todas que se tomam quando nós saímos à rua. Por exemplo, os animais - tal como nós com os nossos sapatos - contactam com o solo e com alguma contaminação que possa existir. Quando entramos em casa não devemos entrar com os nossos sapatos e aos animais deve lavar-se as patas com água e sabão de uma maneira rigorosa. Não se aposta muito em desinfetantes, porque os animais começam a ficar com lesões nas patas e é uma situação relativamente complicada”, acrescenta.
No caso de existir alguma pessoa infetada em casa, é também recomendado que se evite o contacto entre o animal e o paciente, podendo assim reduzir a exposição ao vírus e evitar o possível contágio do animal. @Sapo