Fernando Pessoa numa rua de Lisboa |
Fernando Pessoa (Lisboa, 13 de Junho
de 1888 — Lisboa, 30 de
Novembro de 1935)
REPRODUÇÃO DA NOTÍCIA DA MORTE E ENTERRO DADA PELO “DIÁRIO DE NOTÍCIAS”
MORREU FERNANDO PESSOA
grande poeta de Portugal
grande poeta de Portugal
Fernando Pessoa, o poeta extraordinário da Mensagem, poema de exaltação nacionalista, dos mais belos que se tem escrito, foi ontem a enterrar.
Surpreendeu-o a morte, num leito cristão do Hospital de S. Luiz, no sábado à noite.
A sua passagem pela vida foi um rastro de luz e de originalidade. Em 1915, com Luiz de Montalvor, Mário de Sá-Carneiro e Ronald de Carvalho — estes dois já mortos para a vida — lançou o Orpheu, que tão profunda influência exerceu no nosso meio literário, e a sua personalidade foi-se depois afirmando mais e mais. Do fundo da sua «tertúlia» a uma mesa do Martinho da Arcada, Fernando pessoa era sempre o mais novo de todos os novos que em volta dele se sentavam. Desconcertante, profundamente original e estruturalmente verdadeiro, a sua personalidade era vária como vário o rumo da sua vida. Ele não tinha uma actividade «una», uma actividade dirigida: tinha múltiplas actividades.
Na poesia não era só ele: Fernando Pessoa; ele era também Álvaro de Campos e Alberto Caeiro e Ricardo Reis. E era-os profundamente, como só ele sabia ser. E na poesia como na vida. E na vida como na arte.
Tudo nele era inesperado. Desde a sua vida, até aos seus poemas, até à sua morte.
Surpreendeu-o a morte, num leito cristão do Hospital de S. Luiz, no sábado à noite.
A sua passagem pela vida foi um rastro de luz e de originalidade. Em 1915, com Luiz de Montalvor, Mário de Sá-Carneiro e Ronald de Carvalho — estes dois já mortos para a vida — lançou o Orpheu, que tão profunda influência exerceu no nosso meio literário, e a sua personalidade foi-se depois afirmando mais e mais. Do fundo da sua «tertúlia» a uma mesa do Martinho da Arcada, Fernando pessoa era sempre o mais novo de todos os novos que em volta dele se sentavam. Desconcertante, profundamente original e estruturalmente verdadeiro, a sua personalidade era vária como vário o rumo da sua vida. Ele não tinha uma actividade «una», uma actividade dirigida: tinha múltiplas actividades.
Na poesia não era só ele: Fernando Pessoa; ele era também Álvaro de Campos e Alberto Caeiro e Ricardo Reis. E era-os profundamente, como só ele sabia ser. E na poesia como na vida. E na vida como na arte.
Tudo nele era inesperado. Desde a sua vida, até aos seus poemas, até à sua morte.
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