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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

greve geral (nas escolas)

A greve nas escolas presta-se a muitas leituras. Sobretudo porque envolve vários grupos de cidadãos: os alunos, os EE, os funcionários e os professores. 

Aos olhos dos alunos é uma folga.
Aos olhos dos EE é uma maçada pois não sabem o que fazer aos filhos.

Mas esta greve não foi uma greve de professores. Foi uma greve geral.
E, quando TODOS estão unidos pela mesma causa, a greve pode ser significativa.
Esta, a de dia 24, foi uma dessas oportunidades: mostrar que TODOS mostravam um cartão vermelho à situação actual em que vivemos.

E toda a gente percebe isso, se for explicado.
Vamos lá passar para os grupos directamente envolvidos com a ESCOLA:
Os alunos percebem que os professores, os funcionários e os seus EE têm muitas razões para estarem descontentes pois vive.
Os EE percebem que há muitas razões para o descontentamento dos professores e dos funcionários pois também eles sentem o mesmo nas suas profissões.
Os funcionários das escolas conhecem as razões dos professores e dos EE, porque estão informados.
Os professores sentem bem na pele o que se passa com eles (recordo bem os olhinhos de espanto dos alunos quando lhes expliquei o que se passava com os congelamentos, as horas de trabalho diárias a mais sem remuneração, a fantochada das aulas de substituição, a ADD, os cortes salariais) e conhecem o que s passa com os funcionários da escola e com os EE.
 
Por isso, esta greve foi diferente. Todos percebem todos.
E, por isso escrevemos, a 24, que o blogue (continuo a gostar do portuguesismo blogue em vez do anglicismo blog da imagem) estava de greve, sobretudo por aqueles que a não podiam fazer.

Não somos arautos da verdade. Nem moralistas. Nem este é um blogue político.
Este é um blogue de pessoas de uma escola que exercem a sua condição de cidadãos e que têm opinião.

Na nossa perspectiva só teriam razão para não fazerem greve: os que não conseguem trabalho; os que estão desempregados; os que trabalham a recibos verdes há anos (!); os que querendo dizer BASTA não o dizem por recearem ser excluídos; os que não podem conjugar o verbo trabalhar.

E, por eles, a responsabilidade do nosso post.
A outra, bem maior, é a responsabilidade de cada um dos eleitores.

MC

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