O CRESCER regressa à rubrica "as escolhas de..." à sexta-feira.
Hoje, o rosto da escola que damos a conhecer é o do senhor Manuel Neto, funcionário que todos conhecem da portaria, que a todos saúda com o seu amável "Bom dia!".
O CRESCER quis saber as suas origens, qual o seu percurso profissional e os seus passatempos.
Quais as suas origens e qual o significado de família?
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Eu sou natural de Lousada, vim para a Maia com dois anos e
aqui vivo há cinquenta. Gosto muito de cá estar. Em Lousada tenho familiares
maternos com os quais fui perdendo ligação, enquanto na Maia tenho familiares
paternos. Considero-me, realmente, um maiato, apesar de não ter nascido aqui. Para
mim, a família tem um grande significado. Somos, ao todo, dez irmãos e somos muito amigos. Os meus pais tiveram um grande impacto na minha
vida. Deram-me uma educação da qual estou muito grato, ensinaram-me a ser o que
sou.
Fale-nos um pouco do seu percurso profissional.
Já ocupei três cargos profissionais diferentes. Trabalhei
num escritório durante dezoito anos, mas, entretanto, a empresa fechou e fui
para o desemprego. Tive de arranjar outra atividade e fui trabalhar para a metalomecânica,
onde estive mais quinze anos, mas a empresa fechou, também, e vim parar aqui. O
primeiro emprego marcou-me muito, mas gostei mais de trabalhar na metalomecânica.
Era soldador de condutas de gás e água e não trabalhava num sítio certo. Gosto
muito de conduzir, principalmente, de noite, e este ofício permitia-me isso.
Havia dias em que fazia trezentos quilómetros e outros em que trabalhava vinte
e quatro horas. Apesar de gostar do que fazia, estava longe de casa.
Agora, nesta nova oportunidade, gosto muito de trabalhar aqui na escola, caso contrário, não
teria concorrido. Agrada-me o convívio com os alunos e os professores. Há aqui
alunos espetaculares e, apesar de dizerem que fazem “trinta por uma linha”,
nunca tive problemas com eles. Interajo muito com todos e também com os mais
pequenos, que até se sentem muito à vontade comigo. Trabalho cá há quatro anos
e faço o que me compete com muito prazer. Para além disso, faço muitas coisas:
sou picheleiro, serralheiro, carpinteiro, lixeiro e muito mais. A verdade é que, nos
dias de hoje, as pessoas têm de ser polivalentes.
E o que gosta de fazer nos seus tempos livres?
Eu caminho muito, cerca de uma hora e meia todos os dias.
Costumo caminhar com a minha mulher e,
quando a minha filha está, vamos os três. Gosto muito de passear com o resto
da família, também. Gosto igualmente de ir à praia, porque me sinto bem
ao pé do mar e, tendo uma filha que também adora, ainda melhor. Para além
disto, vejo muita televisão, mas só desporto. Gosto de todos os tipos mas,
principalmente, de ténis.
Ana Pinto e Rita Almeida
1 comentário:
Gostei muito desta entrevista , adoro este senhor , tem um papel essencial nesta escola , cria otimas ligações com todos nós , eu acho.
Ja tive varias conversas com este senhor , e são um espetaculo !!
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