A Confederação Nacional de Associações de Pais e Encarregados de Educação vai defender, no Parlamento, que as férias dos alunos deixem de estar dependentes do calendário religioso, para evitar períodos de aulas "muito longos e cansativos".
Tal como aconteceu este ano, o calendário escolar do próximo ano letivo vai voltar a ser "muito desequilibrado", segundo o vice-presidente da Confederação Nacional de Associações de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE), António Parente, que disse à Lusa que a confederação vai agora tentar sensibilizar os deputados da Assembleia da República.
A CNIPE pediu uma audiência aos deputados da Comissão de Educação, Ciência e Cultura, durante a qual vai defender que as férias deixem de ser marcadas tendo em conta o calendário religioso.
Para a CNIPE, apenas o 1.º período se deve manter tal como está: a começar em setembro e a terminar em meados de dezembro.
"No próximo ano, o 2.º período só vai terminar no final de março. Vai ser, outra vez, um período muito longo e cansativo e depois os alunos terão um 3.º período muito curto, que vai servir apenas para se preparem para os testes e exames", alertou António Parente.
O despacho do MEC define que as aulas do Ensino Básico e Secundário, no ano letivo de 2014/15, comecem entre 11 e 15 de setembro e terminem a 16 de dezembro. O segundo período arranca a 5 de janeiro e acaba a 20 março. O 3.º período começa a 7 de abril e termina cerca de dois meses depois, consoante o ano de ensino: os alunos do 9.º, 11.º e 12.º ano acabam as aulas a 5 de junho; os estudantes do 6.º ano, entre 5 e 12 de junho, e os restantes a 12 de junho.
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