Relativamente ao tema, o autor do artigo refere:
"Há quem continue a
dizer, com ar compenetrado, que o Natal é a época da família, da paz e da
união. Repete-se isto com a mesma convicção como se recita uma receita antiga
que já ninguém cozinha. Hoje, o Natal é sobretudo uma coreografia de aparências.
Mesa farta, fotografias, luzes que piscam, para compensar casas onde quase já
não há brilho. Celebramos mais o que se mostra, do que aquilo que se sente. Se
o espírito natalício passasse pelas redes sociais, então sim, estaríamos no
auge da espiritualidade.
É verdade, muitas famílias
perderam a noção do que se festeja. (...). O simbolismo evaporou-se, ficou
apenas o consumo embalado em papel brilhante. (...) Fala-se de paz, mas
não se pratica. Fala-se de união, mas não se convida quem realmente precisa.(...) Falamos
de amor, mas não o praticamos. Falamos de compaixão, mas não a exercemos.
Falamos de tradição, mas ficámos, apenas, com os enfeites. O que antes era a
celebração da vida e da comunidade, tornou-se numa festa que tenta tapar vazios
com objetos e roturas com decorações."
envio de Pedro Braga

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