As escolas públicas aguardam as indicações do Governo, que anseiam chegar com a máxima rapidez possível. Nas privadas, começa-se a desenhar não um plano, mas vários para o próximo ano letivo. A disciplina de Educação Física é a maior preocupação das escolas.
© Rui Oliveira / Global Imagens |
A escola não será a mesma que começou por ser no início do ano letivo que passou e há regras que vieram para ficar.
Para já, no ensino público, os diretores de escolas estão de mãos atadas, a aguardar o documento orientador do próximo ano letivo, que o Ministério da Educação prometeu fazer chegar dentro de dias.
Os diretores consideram que deve chegar "o mais rapidamente possível, para que haja tempo para preparar bem o ano", diz Filinto Lima, dirigente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP).
Para já, sabe-se que o ano irá arrancar entre 14 e 17 de setembro, apenas uma semana após o final da segunda fase de exames nacionais do ensino secundário. As primeiras cinco semanas deverão ser de recuperação de aprendizagens que podem ter ficado em falta durante o decorrer do final do presente ano, com o acesso às aulas dividido entre alunos de diferentes contextos sociais.
A maior preocupação, a nível curricular, passa pelo funcionamento da disciplina de Educação Física, que conta com desportos coletivos que envolvem contacto. "Aqui, estamos dependentes daquilo que as autoridades de saúde disserem. Haverá educação física, mas pode não ser nos moldes habituais, evitando o contacto."
Um dos grandes desafios, admite quer o setor privado quer o público, passará pela construção dos horários, para tentar que haja o menor contacto entre grupos. "Mas tudo isto sem drama, sem alterar o que não é alterável, porque não podemos ter alunos e professores até às 20.00 na escola", diz. Rodrigo Queiroz e Melo.
Acrescenta que o mais fundamental para o sucesso do arranque do ano letivo passará por definir planos de contingência. "Quando corre tudo bem, parece não importar muito. Mas quando corre mal, são fundamentais. Se aparece um miúdo com febre, temos de saber como reagir", alerta. E frisa: "Prevenção, prevenção, prevenção." (adaptado de DN)
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