Tiago, Edi e Mafalda |
"Para dar provas da originalidade do seu trabalho, Gil Vicente propôs-se a criar uma obra a partir de um ditado popular escolhido por aqueles que o acusavam de plágio – “mais quero asno que me leve, que cavalo que me derrube”. E acabou, desta forma, por escrever a sua obra mais complexa ao nível da estrutura dramática e narrativa.
A história da Inês Pereira pode ser a de qualquer uma outra moça casadoira e filha do povo. Apesar de vir, no desfecho da farsa, a revelar-se um exemplo dos maus costumes que Vicente satiriza, nunca deixa, ao longo de toda a narrativa, de ser um exemplo da rebeldia jovem, numa voz feminina que destaca a sua força num tempo de silêncios conformados.
Mas em toda esta farsa, o teatro transborda da literatura, nas personagens bem recortadas, nas situações e ações que devem mais ser feitas que lidas. E este espetáculo é a transformação de uma das maiores obras escritas de Gil Vicente, em acontecimento e ação, para que os estudantes da Farsa de Inês Pereira possam ver Inês com os seus próprios olhos, aos seus pretendentes e a todas as personagens que escrevem em tempo real esta comédia em toda a sua dimensão satírica.
Não vamos ler a obra com os alunos, vamos mostrá-la, dá-la a provar e depois digeri-la em conversa." @ Teatro do Bolhão
E não vieram ler a obra com os alunos, vieram antes brindar o público de 10º ano com a verdadeira arte de bem representar. Depois de cada uma das duas divertidas sessões de representação, os atores Tiago, Edi e Mafalda ainda conversaram com os grupos de alunos presentes, que não se inibiram de colocar questões, as quais foram muito bem esclarecidas pelos atores.
Bravo! Voltem sempre. Nem imaginam a quantidade de "estaladas" que aconteceram nas aulas de Português! ;)
1 comentário:
Os alunos adoraram a representação e a conversa final.
Continuem assim!
Enviar um comentário