No
âmbito dos Dias do Departamento de Ciências Sociais e Humanas teve lugar no
Auditório da nossa Escola um interessante colóquio, cujo tema central foi o rio
Leça por terras de Águas Santas através dos seus moinhos, açudes, levadas e
caneiros existentes nas suas margens.
Promovido
pelo Grupo Disciplinar de Geografia, o referido evento contou com as presenças
de três membros do Centro UNESCO da Maia, professoras Lurdes Graça, Fátima
Carvalho e Ana Alice que falaram sobre a importância da preservação do
património natural local em toda a bacia do rio Leça.
O
Leça é um rio português que nasce
junto ao Monte Córdova,
em Santo Tirso. A
bacia do rio Leça tem uma área de 189,9 km² e apenas 44,8 quilómetros de
comprimento para o curso de água principal, passa pelas freguesias de Refojos de Riba de Ave, Lamelas, Reguenga, Água Longa (Santo Tirso), Alfena, Ermesinde e Águas
Santas, indo desaguar no porto de Leixões, em Matosinhos. Uma significativa
parte do seu estuário atravessa a freguesia de Águas Santas.
Junto
às margens do rio Leça, na freguesia de Águas Santas, existia uma casa de campo
pertencente à família de Joaquim Vasconcelos, marido de Carolina Michaelis
considerada como a mais importante das filólogas da língua
portuguesa. Após o seu casamento com Joaquim
António da Fonseca Vasconcelos, musicólogo e historiador de arte, Carolina
Michaelis, na sua casa de campo, em Águas Santas, promoveu encontros
literários com alguns dos mais relevantes vultos da literatura portuguesa da
segunda metade do século XIX, designadamente Antero de Quental, José
Leite de Vasconcelos, Trindade Coelho, Sousa Viterbo e Conde de Sabugosa.
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