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domingo, 23 de janeiro de 2011
em dia de eleições presidenciais
Ganhou a abstenção: 53,37%. Vale a pena pensar nisto.
É mesmo muito triste verificar que a maioria ficou indiferente... Só uma coisinha me alegrou neste "day after". Na sequência da aula de formação cívica em que debatemos a importância do acto eleitoral, disse-me um aluno: -Professora, convenci o meu pai a ir votar. E foi então que ouvi a vozinha lá de dentro: - Valeu a pena! Às vezes é bom dar aulas, mesmo a meninos irrequietos do 8º ano.
Uma das coisas que muito me assusta é o crescimento da abstenção nas pessoas mais velhas, sobretudo porque viveram anos a lutar pelo dia em que poderiam votar. A abstenção não deve ser encarada como um "sinal de protesto" (para isso há os votos em branco) mas como a renúncia de um direito que muito custou a algumas pessoas, e o incumprimento de um dever cívico.
E atirando umas achitas para a fogueira: E será que os cidadãos que se abstiveram são MESMO tontos ou incumpridores? Não quererá a abstenção ter uma expressão que a Constituição não lhe dá? Não será que é fundamental mudar a Constituição?
A Constituição da República teria que ser alterada para o voto passar deixar de ser um direito e um dever, e passar a ser uma obrigação. Não creio que assim se resolvam os problemas: o que tem mesmo que mudar é a mentalidade das pessoas. Obviamente que nem todos aqueles que se abstiveram são tontos ou incumpridores (no meu olhar serão - tontos por deixarem outros decidir por eles e incumpridores por não cumprirem os seus deveres de cidadão).
Eu estou no direito de pedir contas ao governo, aos autarcas, ao Sr. Presidente, aos deputados europeus. E os abstencionistas?
11 comentários:
E nós todos... com uma cara!!!
Todos, mesmo.
A Liberdade é que sabe.
Muito oportuno, como sempre :) Parabéns!
É mesmo muito triste verificar que a maioria ficou indiferente...
Só uma coisinha me alegrou neste "day after". Na sequência da aula de formação cívica em que debatemos a importância do acto eleitoral, disse-me um aluno:
-Professora, convenci o meu pai a ir votar.
E foi então que ouvi a vozinha lá de dentro:
- Valeu a pena!
Às vezes é bom dar aulas, mesmo a meninos irrequietos do 8º ano.
Uma das coisas que muito me assusta é o crescimento da abstenção nas pessoas mais velhas, sobretudo porque viveram anos a lutar pelo dia em que poderiam votar.
A abstenção não deve ser encarada como um "sinal de protesto" (para isso há os votos em branco) mas como a renúncia de um direito que muito custou a algumas pessoas, e o incumprimento de um dever cívico.
É verdade.
Andamos todos com uma cara!
Mas agora tudo vai mudar.
Cof... cof...
E atirando umas achitas para a fogueira:
E será que os cidadãos que se abstiveram são MESMO tontos ou incumpridores?
Não quererá a abstenção ter uma expressão que a Constituição não lhe dá?
Não será que é fundamental mudar a Constituição?
Se Portugal fosse uma democracia representativa:
1 – Abstenção: 5.139.483 – 53,37%
2 – Cavaco Silva: 2.230.240 – 23,16%
3 – Manuel Alegre: 832.021 – 8,64%
4 – Fernando Nobre: 593.886 – 6,17%
5 – Francisco Lopes: 300.845 – 3,12%
6 – Votos Brancos: 191.167 – 1,99%
7 – José Coelho: 189.351 – 1,97%
8 – Votos Nulos: 86.545 – 0,1%
9 – Defensor Moura: 66.092 – 0,69%
Cavaco Silva será Presidente da República Portuguesa pela vontade expressa de 23,16% dos cidadãos eleitores
In "Ideias Soltas"
A Constituição da República teria que ser alterada para o voto passar deixar de ser um direito e um dever, e passar a ser uma obrigação.
Não creio que assim se resolvam os problemas: o que tem mesmo que mudar é a mentalidade das pessoas. Obviamente que nem todos aqueles que se abstiveram são tontos ou incumpridores (no meu olhar serão - tontos por deixarem outros decidir por eles e incumpridores por não cumprirem os seus deveres de cidadão).
Eu estou no direito de pedir contas ao governo, aos autarcas, ao Sr. Presidente, aos deputados europeus. E os abstencionistas?
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