Ontem as duas centrais sindicais de professores, FNE e FENPROF, foram chamados a reunir com as secretárias de estado, que, segundo Mário Nogueira, "não têm competências negociais".
Os representantes sindicais percebem o impacto da reposição dos valores devidos e por isso dizem estar disponíveis para negociar essa reposição de forma gradual. No entanto, dizem que nem ministério da Educação nem ministério das Finanças têm mostrado abertura para o diálogo, o que agrava o descontentamento dos docentes.
Qual é o motivo da discórdia
Em causa, para o descontentamento dos professores, está a polémica proposta de não contagem do tempo de serviço prevista na proposta do Orçamento de Estado para 2018. A progressão na carreira dos professores está interrompida há uma década e, segundo o OE2018, não será contabilizado o trabalho realizado entre 31 de agosto de 2005 e 31 de dezembro de 2007, nem entre janeiro de 2011 e 31 de dezembro de 2018. O Governo está disposto a descongelar sete anos de carreira, mas os sindicatos não abdicam dos nove anos e meio.
Quem não está abrangido
Os sindicatos estão dispostos a negociar, mas não aceitam a perda de tempo de serviço, que afetará mais de 100 mil professores, segundo Mário Nogueira, da Fenprof. O sindicalista salientou que a não contagem do tempo de carreira afeta docentes nalguns casos em 15 anos. Um professor com 30 anos de serviço, exemplificou, pode estar agora a passar para o quinto escalão quando devia estar no nono. E vai ganhar mais 90 euros quando devia ganhar 10 vezes mais. @ TVI
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