Os alunos do 11ºe 12º ano do Curso Profissional de Técnico de Animador Sociocultural estiveram no Teatro de Sá da Bandeira a assistir a uma peça de teatro musicado baseada na “Crónica dos Bons Malandros” da autoria de Mário Zambujal.
Escrita há quase três décadas atrás a “Crónica dos Bons Malandros”, após uma experiência na sétima arte, foi transposta para o palco pelas mãos do encenador Francisco Santos que, em conjunto com o autor, decidiu dar uma vida nova à fantástica saga dos famosos “bons malandros” do Bairro Alto lisboeta.
Em palco estiveram os atores que deram corpo a cada um dos malandros lisboetas – o Renato (chefe do pequeno gang) e a sua inseparável Marlene, o “doutor” Flávio, o Arnaldo, o Pedro, a Adelaide e, finalmente, o Silvino “o Bitoque” como era conhecido de todos, à frente de um conjunto de outros atores e bailarinos, num total de mais de duas dezenas de figuras.
Marcado por um pitoresco linguarejar das principais personagens (leia-se o calão utilizado pelo autor no livro), toda a representação tem em vista a interação do pequeno grupo de assaltantes e a mistura de emoções, de deceções, de alegrias e tristezas de um jovem bando de assaltantes que teve a audácia de arquitetar e executar um inimaginável assalto ao Museu da Fundação Gulbenkian com o objetivo de “espantar o mundo”.
Com cenários e figurinos a fazer lembrar o castiço Bairro Alto, na Lisboa, nos anos 80 como pano de fundo, este musical medianamente interpretado surpreende, sobretudo, na sua parte final que não coincide em absoluto com o epílogo encontrado por Zambujal no seu livro.
De referir ainda o dispensável mau gosto em alguns dos medíocres diálogos a fazer lembrar o pior estilo revisteiro. Apesar de tudo, os alunos assistiram a alguns razoáveis momentos de música e de humor.
O jornalista Mário Zambujal estreou-se na literatura em 1980 com a “Crónica dos Bons Malandros”, um livro que tem cativado sucessivas gerações de leitores. Recentemente o autor publicou o seu mais recente livro intitulado “Uma Noite Não São Dias”.
Acompanharam os alunos os professores Kátia Alves, Laura Vilela e António Mário Coimbra.
António Coimbra
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