São homens, em idade ativa, com filhos, solteiros e portugueses.
Enric Vives-Rubio |
É este o perfil maioritário dos sem-abrigo de Lisboa, de acordo com o levantamento feito pela Santa Casa da Misericórdia e revelado esta quarta-feira. Mas há também novos dados que surpreenderam os próprios responsáveis. A SCML pretende oferecer novas respostas ao problema.
Numa contagem feita na noite de 12 de Dezembro e que envolveu mais de 800 voluntários, contabilizaram-se 852 sem-abrigo em Lisboa, dos quais 509 vivem nas ruas e 343 passam as noites em centros de acolhimento. Os inquéritos foram realizados ao longo de vários meses em que as equipas do programa “InterSituações” da SCML contactaram 649 sem-abrigo e conseguiram obter 454 respostas.
A grande maioria é homem (87%) e tem entre 35 e 54 anos (48%). Em segundo lugar, o escalão etário mais representativo é o dos 55-64 anos (20%). A pessoa inquirida mais nova tem 16 anos e a mais velha tem 85 anos. Na sua maioria são solteiros (44,5%) e têm nacionalidade portuguesa (58,4%). Há 65 pessoas nacionais de outros países da União Europeia. Quase um terço (30,6%) está na rua há menos de um ano e, no outro extremo, há 23 pessoas que vivem na rua há mais de 20 anos e foi ainda encontrada uma pessoa nesta situação há já 40 anos.
Mais de metade (54,2%) diz ter filhos, com os quais 36,2% não mantêm qualquer contacto. Apenas 13,8% dizem ter um contacto quase diário com os filhos, mas, no total, a maioria (66,8%) diz interagir frequentemente com outros membros da família. A SCML sublinha que este pode ser “o meio para combater a situação de rutura em que [os sem-abrigo] se encontram”. Este dado foi “uma grande surpresa mas também uma grande esperança”, afirmou a administradora para a Ação Social da SCML, Rita Valadas, durante a apresentação dos resultados.
Tirando aqueles traços principais, a população de sem-abrigo da capital é bastante heterogénea. Um terço concluiu o ensino secundário, técnico ou superior, enquanto 20 (4,6%) dos sem-abrigo possuem um diploma universitário e 7,7% não sabem ler nem escrever. @ PÚBLICO
A grande maioria é homem (87%) e tem entre 35 e 54 anos (48%). Em segundo lugar, o escalão etário mais representativo é o dos 55-64 anos (20%). A pessoa inquirida mais nova tem 16 anos e a mais velha tem 85 anos. Na sua maioria são solteiros (44,5%) e têm nacionalidade portuguesa (58,4%). Há 65 pessoas nacionais de outros países da União Europeia. Quase um terço (30,6%) está na rua há menos de um ano e, no outro extremo, há 23 pessoas que vivem na rua há mais de 20 anos e foi ainda encontrada uma pessoa nesta situação há já 40 anos.
Mais de metade (54,2%) diz ter filhos, com os quais 36,2% não mantêm qualquer contacto. Apenas 13,8% dizem ter um contacto quase diário com os filhos, mas, no total, a maioria (66,8%) diz interagir frequentemente com outros membros da família. A SCML sublinha que este pode ser “o meio para combater a situação de rutura em que [os sem-abrigo] se encontram”. Este dado foi “uma grande surpresa mas também uma grande esperança”, afirmou a administradora para a Ação Social da SCML, Rita Valadas, durante a apresentação dos resultados.
Tirando aqueles traços principais, a população de sem-abrigo da capital é bastante heterogénea. Um terço concluiu o ensino secundário, técnico ou superior, enquanto 20 (4,6%) dos sem-abrigo possuem um diploma universitário e 7,7% não sabem ler nem escrever. @ PÚBLICO
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