Sérgio Godinho, o Porto aqui tão perto
IR
visitar o Porto
O New York Times publicou, esta sexta-feira, a sua
lista dos 46 locais a visitar em 2013 e colocou o Porto em número 28,
destacando as possibilidades de provar Vinho do Porto "a preços de vinho
de mesa".
google imagens |
"A dor económica de Portugal é o seu ganho no
Porto, uma das grandes pechinchas da Europa Ocidental", escreve o diário
norte-americano, numa lista que vai ser publicada na edição de papel no
domingo.
O New York Times destaca os novos hotéis e
restaurantes da cidade, que deram "um lustro fresco a esta cidade
protegida pela UNESCO onde as ruas estreitas e labirínticas, edifícios antigos
e estudantes de capas negras inspiraram uma jovem professora de inglês que lá
viveu nos anos 1990 chamada J.K. Rowling", a autora dos livros de Harry
Potter.
A lista é encabeçada pelo Rio de Janeiro ("Porque
todo o mundo vai lá estar em 2014") e inclui cidades como Paris,
Casablanca e a ilha de Koh Phangan, na Tailândia.
"A crise financeira não reduz a indústria mais
proeminente da cidade - o Vinho do Porto", acrescentou o autor do artigo.
LER
Dobrada à Moda do PortoUm dia, num restaurante, fora do espaço e do tempo,
Serviram-me o amor como dobrada fria.
Disse delicadamente ao missionário da cozinha
Que a preferia quente,
Que a dobrada (e era à moda do Porto) nunca se come fria.
Impacientaram-se comigo.
Nunca se pode ter razão, nem num restaurante.
Não comi, não pedi outra coisa, paguei a conta,
E vim passear para toda a rua.
Quem sabe o que isto quer dizer?
Eu não sei, e foi comigo ...
(Sei muito bem que na infância de toda a gente houve um jardim,
Particular ou público, ou do vizinho.
Sei muito bem que brincarmos era o dono dele.
E que a tristeza é de hoje).
Sei isso muitas vezes,
Mas, se eu pedi amor, porque é que me trouxeram
Dobrada à moda do Porto fria?
Não é prato que se possa comer frio,
Mas trouxeram-mo frio.
Não me queixei, mas estava frio,
Nunca se pode comer frio, mas veio frio.
Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa
Serviram-me o amor como dobrada fria.
Disse delicadamente ao missionário da cozinha
Que a preferia quente,
Que a dobrada (e era à moda do Porto) nunca se come fria.
Impacientaram-se comigo.
Nunca se pode ter razão, nem num restaurante.
Não comi, não pedi outra coisa, paguei a conta,
E vim passear para toda a rua.
Quem sabe o que isto quer dizer?
Eu não sei, e foi comigo ...
(Sei muito bem que na infância de toda a gente houve um jardim,
Particular ou público, ou do vizinho.
Sei muito bem que brincarmos era o dono dele.
E que a tristeza é de hoje).
Sei isso muitas vezes,
Mas, se eu pedi amor, porque é que me trouxeram
Dobrada à moda do Porto fria?
Não é prato que se possa comer frio,
Mas trouxeram-mo frio.
Não me queixei, mas estava frio,
Nunca se pode comer frio, mas veio frio.
Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa
2 comentários:
E o Porto aqui tão perto...
E, nesta "onda", saí algumas vezes, em visita de estudo com alunos de 11º ano.
Um dia inteiro de máquinas fotográficas sempre prontas, a olhar, a admirar, a ouvir as vozes do Porto.
E, pela tarde, o percurso das pontes no rio Douro.
Sempre encantador!
Terminavamos nas Caves de Vinho do Porto com um brinde.
O regresso, feito de comboio era outro momento de encanto, agora a dizer....
Até breve Porto!
Ficaste ainda mais perto....
Continua a ser um destino de muitas das visitas de estudo da escola, muito do agrado de todos.
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