A introdução da obrigatoriedade do ensino do Inglês a partir do 3.º ano vai permitir generalizar uma língua que já estava a ser ensinada nas escolas do 1.º ciclo desde 2005/2006. A sua oferta estava integrada nas Atividades de Enriquecimento Curricular e chegava, no ano passado, a 94,2% dos alunos do 3.º e 4.º anos. Esta língua estrangeira passa agora a constar no currículo para todos os alunos, devendo chegar a partir de agora aos cerca de 100 mil estudantes que frequentam o 3.º ano. Dentro de um ano, será alargada ao 4.º ano de escolaridade.
Outra alteração no Inglês é o facto de a prova do 9º ano, desenvolvida pela Universidade de Cambridge, e que foi introduzida há dois anos, passar a ter impacto na classificação final dos alunos.
As avaliações do presidente da Associação Portuguesa de Professores de Inglês (APPI), Alberto Gaspar, às duas medidas introduzidas pelo Governo no ensino daquela língua estrageira estão “nos antípodas” uma da outra. Por um lado, elogia que o Inglês assuma carácter obrigatório a partir do 3.º ano e que “vai ao encontro das nossas expectativas, embora com bastantes anos de atraso”. Todavia, a APPI está “frontalmente contra” o novo peso do exame de Cambridge: “Não se compreende como se quer levar em conta para a classificação final dos alunos do 9.º ano uma prova que, apesar da origem prestigiada, não se conhece o seu conteúdo ou o seu formato”, aponta.
Com o novo ano, chega também uma nova língua estrangeira à oferta das escolas públicas. Um projeto-piloto do MEC permite aos alunos dos cursos Cientifico-Humanísticos optar, no 10.º ano, por Mandarim como uma das opções de Língua Estrangeira III. Esta língua será ensinada, ao abrigo de um projeto-piloto, até ao ano letivo 2016/2017. Para este ano, foram pré-selecionadas 23 escolas. @ PÚBLICO
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