Em apenas quatro dias de exibição, Os Maias – Cenas
da Vida Romântica, de João Botelho, tornou-se o terceiro filme português
mais visto do ano, com 13.915 espectadores desde a sua estreia, no dia 11.
Depois de o seu trabalho anterior, Filme do Desassossego, ter circulado em
formato digressão pelos cineteatros do país, o realizador e a produtora Ar de
Filmes voltaram ao circuito comercial com o filme inspirado na obra de Eça de
Queirós.
O filme, estreado em 12 cidades e
22 ecrãs e que deve em breve chegar a mais quatro salas, conseguiu perto de 14
mil espectadores em sala desde quinta-feira, segundo números do Instituto do
Cinema e do Audiovisual (ICA). Em 2010, Filme do Desassossego conseguiu
cerca de 5600 espectadores nas duas primeiras semanas de exibição, fora do
circuito comercial convencional.
O
produtor Alexandre Oliveira, da Ar de Filmes, atribui o sucesso destes
primeiros dias de exibição a uma conjugação de factores que tem à cabeça o
efeito Eça de Queirós e o ensino. “Sendo uma obra obrigatória nas escolas, [a
adesão do público] não é uma surpresa para nós”, admitindo que a campanha
promocional do filme foi afinada nesse sentido, mas também focada em Botelho.
“Desde o Desassossego que se gerou uma corrente de público à
volta do João”, conta, em contraste com “um determinado cinema de autor
desligado do público. O João tem conseguido fazer essa ponte”. (…)
Segundo
a Lusa, em Novembro o filme vai circular pelo país e junto do público escolar,
nos passos de Desassossego. “Satisfeitos com o resultado”, os membros
da equipa de Os Maias esperam agora “que o filme mantenha este
ritmo”, contando com o tal público de Botelho, mas também com as audiências dos
multiplexes e com as escolas. @ PÚBLICO
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