Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), um em cada cinco jovens com experiência profissional em Portugal considera ter um nível de escolaridade superior às exigências do seu trabalho (20,8%), havendo ainda 22,7% que dizem ter mais “competências do que as necessárias ao desempenho das suas funções”.
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Estes dados foram divulgados pelo INE, no módulo de 2024 do Inquérito ao Emprego sobre "Jovens no mundo do Trabalho", e dizem respeito aos 1,5 milhões de jovens dos 16 aos 34 anos, empregados ou não, que tenham tido alguma experiência profissional.
Esta sobrequalificação é mais notada por pessoas com ensino superior e mais por mulheres do que por homens – e a percepção de que se tinha competências a mais para o cargo que desempenhava também era maior entre os jovens e diminuía com a idade.
Contudo, a maioria dos inquiridos que concluíram o ensino superior (72,9%) entende que há uma correspondência entre as suas competências e as funções que desempenha, sobretudo em especialistas de atividades intelectuais e científicas. No reverso da medalha, 16,8% dizem ter um nível de escolaridade não concluído, metade dos quais um curso do ensino superior (valor mais elevado entre os homens), sendo o principal motivo "questões financeiras ou de trabalho" seguido da dificuldade do curso e este "não corresponder às expetativas ou necessidades".
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