para si: bom descanso e feliz Páscoa!

 

Caros leitores,

Chegados ao fim de um 2.° período de atividades letivas, a equipa do CRESCER entrega-se a algumas tarefas burocráticas que dispensam os alunos e promete voltar revigorada no início do 3.° período.

Até lá, a equipa vai procurar o recolhimento necessário e, decerto, também irá adoçar a boca com as amêndoas da época. ☺

Bom descanso e feliz Páscoa!

escola sede: apresentação PAP-12ºJ

Hoje decorreu a apresentação dos projetos da PAP da turma do 12ºJ na presença do Júri externo e dos docentes de Redes e Comunicação (RC), Programação e Sistemas de Informação (PS), Arquitetura de Computadores (AC) e Inglês.

Todos os projetos tiveram a aprovação do Júri.

 A todos um muito obrigado pela colaboração neste processo.

Na próxima semana, os alunos serão apresentados às entidades para iniciar os estágios de Formação em Contexto de Trabalho (FCT).

                                                                                                                                                   cortesia de Teotónio Silva, docente de Informática

país: a (des)arrumação da nova Assembleia da República

Os lugares da Assembleia da República (AR) estão distribuídos [ver imagem]. Os 230 deputados tomaram posse e a primeira sessão parlamentar foi presidida pelo deputado mais antigo do parlamento, António Filipe, do PCP.  

O insólito aconteceu

Depois da primeira votação para o novo presidente da AR, Aguiar-Branco, à tarde, ter falhado, foram apresentadas três novas candidaturas: a de Aguiar-Branco, pela AD, Francisco Assis, pelo PS, e Manuela Tender, pelo CHEGA, para nova votação. Pela noite, nenhum dos candidatos teve o número de votos necessários (116), pelo que teve de se proceder a uma segunda volta (3.ª votação do dia) com os nomes dos dois candidatos mais votados: Francisco Assis e Aguiar-Branco. Já perto das 23 horas, verificou-se que nenhum dos dois candidatos reunia o número de votos necessários. 

A eleição passou para as 12h de hoje, dia 27 de abril.

Mas também não foi às 12h de hoje. Apenas às 15h se iniciou a 4.ª votação, depois de PS e PSD terem acordado em votar num nome da AD para os dois primeiros anos do mandato e num nome do PS para os dois subsequentes.

Fumo branco

Assim terminou o impasse e o espetáculo pouco auspicioso e foi eleito como presidente da AR, José Pedro Aguiar-Branco, com 160 votos. 

O novo governo tomará posse no dia 2 de abril.

(post editado pelas 17:30 do dia 27 de março de 2024)

divulgação especial para o 1.º ciclo: Projeto "Sr. Escaldão 2024"

O cancro da pele é o cancro mais frequente a nível mundial entre as populações de pele predominantemente clara e a sua ocorrência tem aumentado de forma drástica ao longo das últimas décadas. É, no entanto, um dos cancros mais evitáveis.

Para além de poder ser detetado precocemente, o principal fator de risco para o cancro de pele é a exposição aos raios ultravioleta, relativamente à qual existem fatores de proteção. 

A Liga Portuguesa Contra o Cancro convida os professores do 1.º ciclo a participar através do link : https://www.ligacontracancro.pt/sr-escaldao/ .

De forma a contextualizar a temática e a esclarecer algumas questões pertinentes a serem debatidas com os alunos, vamos realizar uma sessão de (in)formação online para professores no próximo dia 18  de abril, entre as 17:00 e as 20:00.

 

Esta sessão, não sendo obrigatória para a participação no projeto, será útil para apresentar os materiais aos professores, e incluirá a intervenção de um médico dermatologista, que prestará esclarecimentos sobre o sol e a sua relação com a pele e o melanoma.

O objetivo de “As minhas aventuras contra o Sr. Escaldão” é promover hábitos de exposição solar saudáveis. Sol, nem demais... nem de menos, simplesmente, na dose certa! 

Em “As minhas aventuras contra o Sr. Escaldão”, é o escaldão que ganha vida e enquanto personagem é o vilão que todas as crianças querem derrotar. O Sr. Escaldão personifica todas as agressões a que sujeitamos a nossa pele.

Mais do que um conjunto de recursos, “As minhas aventuras contra o Sr. Escaldão” é uma estratégia educativa capaz de apoiar os/as professores/as do 1.º Ciclo do Ensino Básico na área da exposição solar segura.  A estratégia educativa assenta em três dimensões: uma sessão (in)formativa, o guia do/a professor/a, e o caderno de aventuras.

​Vamos derrotar o Sr. Escaldão? 

informação da LPCC

escola sede: sessão de formação do Banco de Portugal «Canais Digitais e Segurança online»

No passado dia 22 de março ocorreu uma sessão de formação, dinamizada pelo Banco de Portugal, sobre «Canais Digitais e Segurança online».

Nesta sessão participaram as turmas do 9.ºB, 9.ºD e as turmas de Ciências Socioeconómicas do 10.º e 11.º anos, cujos alunos foram sensibilizados para os perigos e desafios do mundo digital, tendo-lhes sido facultadas algumas estratégias de prevenção para as diversas fraudes que surgem online.

Esta atividade de elevada pertinência foi promovida pelo grupo disciplinar de Economia e Contabilidade em articulação com a Biblioteca Escolar, enquadrando-se nas temáticas da Educação Financeira.

cortesia de Andreia Marques, docente de Economia

atividade 8: a editora LeYa e o Calendário da Liberdade - os livros proibidos

 A editora LeYa tem vindo a enviar aos professores uma série de atividades associadas ao conhecimento da história do 25 de abril de 1974. O CRESCER leva a cabo essa divulgação por considerar que as atividades sugeridas são uma mais-valia, muito interessante e útil para toda a comunidade. Aqui vai a 8, sobre os livros proibidos.

LIVRO PROIBIDO

Consegues imaginar que, antes do 25 de Abril, havia livros proibidos e censurados?  Aproveita as férias para visitar uma livraria/biblioteca e escolhe um desses livros para leres.   Por exemplo, em Lisboa, visita a livraria Buchholz, onde irás encontrar uma estante inteira de livros que foram censurados durante o regime do Estado Novo.  Manuel Alegre é um dos autores cujos livros foram alvo da censura. Lê parte de um seu poema sobre os anos de ditadura:

Foram dias foram anos a esperar por um só dia.  Alegrias. Desenganos. Foi o tempo que doía  Com seus riscos e seus danos. Foi a noite e foi o dia  Na esperança de um só dia.

Do poema Um só dia (Trova do mês de Abril)

atividade 7: a editora LeYa e o Calendário da Liberdade - a coca-cola

 A editora Leya tem vindo a enviar aos professores uma série de atividades associadas ao conhecimento da história do 25 de abril de 1974. O CRESCER leva a cabo essa divulgação por considerar que as atividades sugeridas são uma mais-valia, muito interessante e útil para toda a comunidade. Aqui vai a 7, sobre a coca-cola.

COCA-COLA

Sabias que, antes do 25 de Abril, não era permitido beber Coca-Cola em Portugal?     A empresa que importava este refrigerante chegou mesmo a encomendar um slogan para vender a bebida “Primeiro estranha-se. Depois, entranha-se”. Acredita-se que foi escrito por um grande nome da literatura portuguesa. Quem terá sido?

Luís Vaz de Camões  Florbela Espanca   Fernando Pessoa Maria Lamas                                                           (a resposta correta é a 2)

país: Portugal com excedente orçamental histórico de 1,2% em 2023

Arquivo Global Imagens

A capacidade de financiamento do Estado em 2023 melhorou para 3,19 mil milhões de euros de euros, o que traduz uma melhoria das contas públicas face ao défice de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) registado em 2022.

O excedente do ano passado supera o de 2019 (0,1%), ano em que o antigo ministro das Finanças Mário Centeno entrou para a história económica do país como o primeiro governante a conquistar um saldo orçamental positivo desde 1974.
O ministro das Finanças, Fernando Medina, considerou  que o excedente orçamental histórico de 1,2% em 2023 resulta de "boas políticas públicas", que promoveram crescimento económico, emprego e melhoria de rendimentos.
A evolução, em contas nacionais, representa uma melhoria de 3973 milhões de euros entre 2022 e 2023, resultado de um aumento na receita (9%) mais significativo do que o observado para a despesa (5,2%), segundo os dados do INE.
Os dados do INE revelam ainda que o saldo primário, correspondente ao saldo global líquido da despesa em juros, foi positivo, tal como em 2022, tendo melhorado cinco mil milhões de euros, para 8.945 milhões de euros.
Entre as principais instituições nacionais e internacionais económicas, o Banco de Portugal previa um excedente de 1,1%, o Conselho das Finanças Públicas de 1%, a Comissão Europeia de 0,8%, enquanto o Fundo Monetário Internacional (FMI) apontava para 0,2%.
O até agora ministro das Finanças, Fernando Medina (PS), deixa assim um ponto de partida para este ano melhor do que o esperado. Fonte: JN

atividade 6: a editora LeYa e o Calendário da Liberdade - criação artística

 A editora Leya tem vindo a enviar aos professores uma série de atividades associadas ao conhecimento da história do 25 de abril de 1974. O CRESCER leva a cabo essa divulgação por considerar que as atividades sugeridas são uma mais-valia, muito interessante e útil para toda a comunidade. Aqui vai a 6, sobre criação artística.

CRIAÇÃO ARTÍSTICA

Sabias que antes do 25 de Abril não havia liberdade de criação artística? Não se podia pintar, cantar, desenhar de forma livre! Somente depois da Revolução dos Cravos os artistas puderam criar livremente.  E porque se chamou Revolução dos Cravos? Porque havia uma florista revolucionária;  Porque “vermelho” é a cor da revolução;  Porque um soldado pediu um cigarro e alguém lhe deu um cravo.    No dia 25 de abril de 1974, Celeste Caeiro trabalhava como empregada de mesa e levou todos os cravos que tinha no restaurante até ao Rossio, onde estavam os tanques dos militares revolucionários. Um soldado pediu-lhe um cigarro, mas como Celeste não era fumadora, deu-lhe um cravo. O soldado aceitou e colocou-o no cano da espingarda, e logo os companheiros fizeram o mesmo.  Para celebrar a liberdade artística, faz um cravo com os materiais que quiseres e depois expõe-no na escola.

Centro Escolar da Gandra (CEG): "O meu olhar sobre Miró"

Na última sexta-feira, dia 22 de março, o Centro Escolar da Gandra transformou-se num verdadeiro palco de celebração cultural com diversas atividades dedicadas ao artista Joan Miró. Os alunos do pré-escolar, da SIE (Sala de Intervenção Especializada) e do 1º ciclo, acompanhados pelos professores titulares de turma e professoras de inglês, mergulharam num dia repleto de arte, criatividade e inspiração.

A programação contou com uma peça inspirada na vida e obra de Joan Miró. A plateia foi transportada para o universo do artista catalão, ficando a conhecer as suas paixões, desafios e a sua inigualável visão artística.

Os espaços da escola transformaram-se em galerias de arte com uma exposição interativa dedicada a Joan Miró. Os alunos tiveram a oportunidade de explorar obras emblemáticas do artista de uma forma diferente, através de atividades que permitiam uma imersão profunda no seu estilo único e colorido.

A exposição não foi apenas uma experiência visual, mas também uma oportunidade para os alunos interagirem com a arte de Miró de formas criativas e inovadoras. Tiveram várias experiências sensoriais: pintaram, inspirados nas suas técnicas, fizeram puzzles, tiraram fotografias, passaram num mural de fios, entre outras.

Para coroar o dia de atividades culturais, as crianças tiveram a oportunidade de expressar a sua própria criatividade, participando numa sessão de pintura ao ar livre onde criaram as suas próprias obras de arte, inspiradas na estética e na filosofia de Joan Miró.

A celebração cultural em homenagem a Joan Miró na escola não proporcionou apenas um dia de diversão e aprendizagem, mas destacou também a importância de valorizar e celebrar a arte e a criatividade em todas as suas formas. 

Esperamos que este dia inspire futuras gerações de artistas a explorar, experimentar e expressar as suas próprias visões únicas do mundo ao seu redor.

cortesia de Virgínia M. Miranda Costa, Coordenadora CEG

Centro Escolar da Gandra (CEG) celebra a chegada da Primavera com diversão e criatividade

 

Com a chegada dos dias mais ensolarados, na nossa escola desenvolveram-se algumas atividades que encantaram os alunos.

Uma das atividades mais aguardadas foi o "Spring Scavenger Hunter", organizada pelas professoras de inglês, que consiste numa caça a um tesouro especial que envolveu os alunos numa busca por elementos associados à primavera e à natureza. Armados com binóculos feitos de rolos de papel higiénico, os alunos exploraram os cantos da escola para observar elementos da natureza e as caraterísticas da estação mais colorida do ano e assim aprender novo vocabulário em inglês. 

Enquanto alguns grupos se aventuravam pela escola em busca de pistas, os alunos do 4.º ano foram   ao teatro no Grande Auditório do Vilar Oporto Hotel para assistir à peça "Os Três Porquinhos". A história clássica ganhou vida diante dos olhos dos alunos, que se deliciaram com as aventuras e peripécias dos três adoráveis porquinhos e do temível lobo.

Além disso, a escola também se transformou num espaço com muita cor e criatividade com a elaboração de um painel decorativo na entrada. Os alunos, guiados pelas professoras da CAF (Componente de Apoio à Família), contribuíram com as suas próprias obras de arte, criando um mural que celebra a beleza e a energia da primavera.

Mas as atividades não pararam por aí! Vários espaços da escola receberam trabalhos diversos, todos inspirados na temática da primavera, uma das estações preferidas dos nossos pequenitos. 

cortesia de Virgínia M. Miranda Costa, Coordenadora CEG

escola sede: ação de sensibilização Projeto Geração Mais

No dia 25 de março de 2024, no âmbito do Projeto Geração Mais, e, dando continuidade ao cumprimento do Plano de Ação definido em outubro de 2023, decorreu no Anfiteatro da Escola Sede mais uma Ação de Sensibilização sobre Separação de Resíduos, desta vez dirigida aos Assistentes Operacionais. Estas ação foi dinamizada pela Dra. Ana Machado, da LIPOR, em colaboração com a Escola Secundária de Águas Santas.

Foi uma sessão bastante proveitosa e positiva com partilha de opiniões e experiências.

cortesia de Marta Castro, docente de Biologia

escola sede: torneio interturmas de Futsal

Na passada sexta-feira, dia 21 de março, realizou-se o Torneio interturmas de Futsal do 2.º ciclo, organizado pelo grupo disciplinar de Educação Física. A atividade foi um sucesso e contou com a participação de 17 equipas masculinas e 14 femininas, num total de 248 alunos. Foi uma competição muito bem disputada em que todos os/as aluno/as participaram de forma entusiasmada e com muito fairplay

 

Classificação

5.º ano Feminino:

1.º 5.ºG

2.º 5.ºA

5ºano Masculino:

1.º 5.ºB

2.º 5.ºH

 

6.º ano Feminino:

1.º 6.ºB

2.º 6.ºC

6.º ano Masculino:

1.º 6.ºB

2.º 6.ºI

 

A equipa organizadora aproveita a oportunidade para agradecer a disponibilidade dos/as alunos/as da Associação de Estudantes, da Professora Ginette Carvalho com os alunos de Turismo e da equipa de alunos do Secretariado, na colaboração que prestaram ao grupo de Educação Física na dinamização do torneio tendo, desta forma, contribuído para o sucesso do mesmo.

 

Dinamização: Grupo de Educação Física

Organização: Cláudia Fernandes, Helena Pimentel e Carlos Soares

LER: "Manhã e Noite" de Jon Fosse

Porque os alunos já estão de férias e porque a interrupção letiva proporciona a todos mais tempo para LER, o CRESCER deixa uma sugestão de leitura do Prémio Nobel da Literatura 2023, Jon Fosse - "Manhã e Noite".

Sinopse:
Um menino está prestes a nascer, chamar-se-á Johannes como o avô e será pescador como o pai. Uma vida boa, é esse o desejo de quem o traz ao mundo, embora este seja um mundo duro, ruim e cruel. Um homem, velho e sozinho, morre, chama-se Johannes e foi pescador.

É o seu melhor amigo que o vem buscar rumo a esse destino onde não há corpos nem palavras, apenas tudo aquilo que se ama. Antes do regresso definitivo ao nada, Johannes revisita o museu da sua vida, longa, simples e quotidiana, confrontando-se paulatinamente com a morte num constante entrelaçamento de real e alucinação, passado e presente.

Manhã e Noite é um romance sobre o maravilhoso sonho que é viver e a aceitação do ciclo natural das coisas. Numa linguagem poética e elíptica, inovadora e despojada, Jon Fosse condensa toda uma existência em dois momentos chave, urdindo uma reflexão encantatória sobre o significado da vida, Deus e a morte. Fonte: Wook

atualidade: Jon Fosse expõe caráter antiguerra da arte na mensagem do Dia Mundial do Teatro

Para Fosse, não há “melhor forma de juntar os opostos”, se não pela arte: esse "algo que nos fascina e nos leva além dos nossos limites", "cria uma transcendência que toda a arte tem de conter e para a qual ela tem de nos levar”.

O dramaturgo norueguês Jon Fosse, Nobel da Literatura 2023, autor da mensagem do Dia Mundial do Teatro deste ano, considera a arte como sinónimo de paz, conseguindo combinar, na sua melhor expressão, o único com o universal.
"A guerra e a arte são opostas, tal como a guerra e a paz são opostas – é tão simples quanto isto. Arte é paz”, lê-se na mensagem do Dia Mundial do Teatro, que se assinala a 27 de março, escrita por Jon Fosse e divulgada pelo Instituto Internacional do Teatro (ITI, na sigla original).
Ao combinar o que é único com o que é universal, a arte “atravessa as barreiras entre línguas religiões e países”, sustenta o autor.
Para Fosse, a melhor expressão da arte, a "arte boa", “congrega não apenas as qualidades individuais de cada pessoa mas também, noutro sentido, as características individuais de cada grupo de pessoas, por exemplo, de cada nação”.
O autor de "Uma brancura luminosa" lembra que cada pessoa é única e, em simultâneo, como qualquer outra. "Em todas as partes do mundo somos fundamentalmente semelhantes, independentemente da língua que falamos, da cor de pele e da cor de cabelo que temos", enfatiza Jon Fosse, que foi membro da Igreja da Noruega até se converter ao catolicismo, em 2013.
Para o antigo professor, a evidência da semelhança conjuga-se com o óbvio de, no entanto, haver sempre algo que "pertence exclusivamente a cada indivíduo", algo a que se pode chamar espírito, alma ou qualquer outra coisa que "não [se pode] rotular com palavras, de todo
Esta conjugação de único e universal é feita pela arte, prossegue Jon Fosse, "não através da equalização das diferenças, tornando tudo igual mas, pelo contrário, mostrando-nos aquilo que é diferente de nós mesmos, o que nos é alheio ou estrangeiro”.

“Toda a arte boa” contém “algo que é alheio, algo que não conseguimos compreender completamente e que, mesmo assim e ao mesmo tempo, compreendemos de certa forma”. "Contém um mistério".
Para Fosse, não há “melhor forma de juntar os opostos”, se não pela arte: esse "algo que nos fascina e nos leva além dos nossos limites", "cria uma transcendência que toda a arte tem de conter e para a qual ela tem de nos levar”.
"A guerra e a arte são opostas, tal como a guerra e a paz são opostas – é tão simples quanto isto. Arte é paz", concluiJon Fosse nasceu em 1959 em Haugesund, no oeste da Noruega, e vive em Bergen. Escreve em novo Norueguês. O antigo professor estreou-se na literatura em 1983, primeiro com ficção, ensaio, livros para crianças, depois o teatro. Entre os diversos prémios que distinguiram a sua obra, encontra-se o prestigiado Prémio Ibsen.
"Há terrorismo no mundo. Há guerra. Porque também temos um lado 2 de 2 páginas, animalesco, instigado pelo instinto de experienciarmos o outro, o estrangeiro, mais como uma ameaça à nossa existência, do que como um mistério fascinante. É assim que a autenticidade – aquelas diferenças que todos podemos ver – desaparecem, deixando atrás de si uma 'mesmice' coletiva para a qual tudo o que é diferente é visto como uma ameaça que tem de ser erradicada. Aquilo que é visto de fora como uma diferença, por exemplo na religião ou na ideologia política, torna-se algo que precisa ser derrotado e destruído."
Assim, para o Nobel da Literatura, "arte boa" é “a abordagem exatamente oposta de todos os conflitos violentos que vemos no mundo com demasiada frequência", o contrário "do que indulta a tentação destrutiva de aniquilar tudo o que é estrangeiro, tudo o que é único e diferente", recorrendo frequentemente "às invenções mais desumanas que a tecnologia já pôs à nossa disposição."
"A guerra é a batalha contra aquilo que está profundamente no nosso íntimo: algo único", escreve Jon Fosse. A guerra "é também a batalha contra a arte, contra aquilo que está profundamente no íntimo de toda a arte", prossegue o autor de "O sonho do outono".
"Tenho mencionado a arte em geral, e não o teatro ou a dramaturgia em particular, mas isso é porque, como já disse, toda a arte boa, no fundo, orbita sobre a mesma ideia: pegar naquilo que é totalmente único, totalmente específico, e torná-lo universal. Unindo o particular com o universal através de formas de o expressar artisticamente: sem eliminar a sua especificidade e deixando brilhar claramente aquilo que é estrangeiro e não familiar."
Foi representado em Portugal pela primeira vez em 2000, pelos Artistas Unidos, com a peça "Vai vir alguém", encenada por Solveig Nordlund. Desde então a sua presença tem sido regular na companhia e noutras estruturas portuguesas.
Jon Fosse está publicado em Portugal pela Cavalo de Ferro, pelos Artistas Unidos, na coleção Livrinhos de Teatro, e pelas antigas editoras Livros Cotovia e Campo das Letras.
Fosse é autor de "O Eu é um outro", "O outro nome", "Manhã e noite", "A noite canta os seus cantos", "Lilás", "Sou o vento".
"Trilogia" e "Septologia" estão entre as suas mais conhecidas obras. Fonte: CNN

educação: a inteligência artificial vem mudar a forma de aprender e ensinar

Assinala-se este domingo o Dia Nacional do Estudante, numa altura em que alunos e professores se deparam com novos desafios. Diretores veem com bons olhos os avanços tecnológicos, mas pedem cautela. Alunos apontam vantagens e problemas, mas temem mais as mudanças que se perspetivam no mercado de trabalho.

Paulo Jorge Magalhães / Global Imagens

A inteligência artificial (IA)  chegou às escolas, já faz parte do dia a dia de alunos e  professores e mudou a forma de aprender e de ensinar. De tal forma que, assumem os responsáveis educativos, tem sido mesmo a IA a responsável pelas grandes mudanças que têm surgido.

“A mudança do paradigma da aprendizagem tem como epicentro a IA, apresentando novas ferramentas ao processo ensino-aprendizagem. As escolas devem ser promotoras dos desafios apresentados e retirar proveito das mais-valias que a IA proporciona”, explica Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP). O responsável diz tratar-se de “uma oportunidade de aprendizagem”, mas pede cautela na “utilização de um instrumento com tanto de poderoso como de desconhecido, originando as necessárias apreensões e até desconfianças”. 

Questionado pelo DN se a IA está a ser encarada como um auxílio ou uma ameaça para os professores, acredita que esta é uma ajuda para o processo de ensino-aprendizagem. Contudo, ressalva a importância da formação, “fundamental para enaltecer o auxílio da IA no modo de aprender e ensinar”. Os professores terão de se atualizar e apostar em formação para “não perderem o comboio”. “Impõe-se a oferta de formação numa área relativamente recente, para ajudar a ultrapassar os normais constrangimentos levantados por uma novidade complexa, ainda a ser descoberta pela maioria das pessoas”, conclui o presidente da ANDAEP, que pede para que a tutela promova formações para os docentes.

Professores devem saber usar a IA para não serem substituídos

Marco Bento, professor na Escola Superior de Educação de Coimbra e investigador no Centro de Investigação e Inovação em Educação (InED - ESE-IPP), afirma que a transformação do sistema educativo tradicional já está em curso em grande parte das escolas e das universidades, não fazendo sentido proibir o seu uso. “A IA está a ser usada, manipulada, com ou sem a permissão dos professores, e será bom que tenhamos essa consciência”, afirma.

Segundo ele, aprender, nos dias de hoje, exige uma complexa combinação de equipamentos, recursos, espaços e metodologias que têm em comum alguns aspetos, “tais como a simplicidade, a possibilidade de interação e colaboração, a eficiência, a eficácia, a flexibilidade e a mobilidade”. “É plenamente possível aproveitar todo o potencial que a IA tem para oferecer a qualquer hora e em qualquer lugar no processo de aprendizagem. Basta pensar na enorme vantagem de um aluno poder ter um tutor de aprendizagem sete dias por semana e 24 horas por dia sobre os mais variados assuntos”, vinca.

O investigador acredita que os alunos não dependem mais de processos de aprendizagem exclusivos do espaço escola, mas “dependem, e muito, da ajuda que os professores lhes possam fornecer para serem eficientes nas interações com esta IA.  Mais do que servir para motivar qualquer aluno, a IA tem o propósito de aprofundar e permitir adquirir um conjunto de competências de aprendizagem que de outro modo seriam impossíveis, ou muito mais difíceis, tornando o processo cada vez mais eficiente”, avança. A IA, quando usada de forma apropriada e consciente, fornece aos professores um novo conjunto de soluções pedagógicas para enriquecerem a sua prática letiva e o processo de aprendizagem. “Quanto maior for o envolvimento do aluno na manipulação criativa, na pesquisa, na interação com o próprio conhecimento, na descoberta de novas formas de expressão de saberes, maior será a eficácia didática deste processo”, sustenta.

A IA já entrou na vida de todos, sem que muitos não se apercebam da sua presença. Este é outro dos argumentos do investigador para quem ainda está reticente sobre a necessidade de dominar o mundo tecnológico.  “Ninguém considera estranho que, quando ligamos a Netflix ou outro qualquer canal de streaming, surjam ‘apenas’ os filmes baseados no perfil de visualização, preferências de atores ou atrizes, tipos de filmes, ou até baseados nas nossas crenças e pensamentos que vamos demonstrando ao longo da nossa atividade dentro de uma aplicação. Estas são apenas as pequenas coisas da nossa vida, agora imaginem o grau de profundidade em que a IA já está a condicionar as nossas escolhas”, exemplifica. (Ler todo o artigo, aqui)