Os dados são do Eurostat, serviço de estatística da União Europeia, e reportam ao ano de 2020. Abaixo de Portugal está apenas a Bélgica. "Este é um exemplo claro de uma mudança de comportamento induzida por uma reforma estrutural", sublinha Jorge Moreira da Silva, ex-ministro do Ambiente que em 2015 lançou uma taxa sobre a utilização de sacos de plástico, em declarações ao Polígrafo.
Estes dados são do Eurostat e foram publicados no dia 16 de novembro.
Em declarações ao Polígrafo, Moreira da Silva considera que "este é um exemplo claro de uma mudança de comportamento induzida por uma reforma estrutural". Essa mudança fez com que Portugal deixasse de ser o país "com pior desempenho da União Europeia", quando consumia anualmente 466 sacos de plástico leve por pessoa, para o extremo oposto da tabela, como segundo país com menor consumo.
"A reforma resultou e os portugueses, com a sua mudança de comportamentos, estiveram no centro da mudança", enaltece o antigo governante.
"Os sacos de plástico leves de uso único - com menos de 50 microns de espessura (os mais danosos para o meio-ambiente pelo risco de fragmentação em pequenas partículas) - praticamente desapareceram, as pessoas passaram a usar sacos específicos para o lixo e sacos reutilizáveis para o transporte das compras do supermercado e os poucos sacos de plástico que são adquiridos nas caixas de supermercado são espessos (mais de 50 microns) e, por isso, com maior potencial de reutilização pelos consumidores, com maior potencial de reciclagem (pelos fabricantes) e com menores riscos de fragmentação (se deitados no lixo)", detalha. @ Sapo
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