De acordo com o estudo anual do Fórum de Ética da Católica Porto Business School sobre “Ética e Trabalho Híbrido”, até 2030 metade das pessoas passarão a trabalhar a partir de casa e, por sua vez, as interações dos trabalhadores nas empresas irão sofrer mudanças. O estudo será apresentado amanhã na instituição.
“Pensa-se que, até 2030, metade das pessoas trabalharão a partir de casa e, por isso, as interações entre os membros da organização mudarão em frequência, tempo e método, o que terá implicações profundas na gestão da ética e da compliance”, refere Helena Gonçalves, coordenadora do Fórum de Ética da Católica Porto Business School.
Desde o início da pandemia que o paradigma do trabalho sofreu mudanças que se podem vir a perpetuar, e as interações entre os membros das empresas irão sofrer alterações nos próximos anos.
Helena Gonçalves sublinha, por exemplo, que “embora sendo um estudo exploratório, há algumas certezas: 4 em cada 5 pessoas trabalharão a partir de casa numa parte de semana; a autenticidade nas relações laborais estimulará a produtividade e o bem-estar, mas com impacto desigual na prosperidade ou sobrevivência das pessoas, dependendo do tipo de trabalho, idade ou situação familiar; um dos mais fortes preditores comprovados da eficácia das equipas, a segurança psicológica, terá de ser repensado”.
Esta análise foi realizada através de mais de 1200 inquéritos respondidos, anonimamente, que permitiu obter dados sobre o nível satisfação com o modelo de trabalho híbrido, sobre as principais motivações, dificuldades e oportunidades subjacentes à adoção deste modelo.
O estudo mostra ainda que, no universo dos que responderam, há uma perceção de melhoria muito mais significativa nos que estão a trabalhar em modo híbrido, sendo que 70% dos que estão em trabalho híbrido percecionaram melhorias a nível financeiro, mental e físico em comparação com apenas cerca de 20% dos que estão em modo presencial.
A conferência de apresentação das conclusões do relatório contará com a presença de Rui Sousa, Dean da Católica Porto Business School, e Helena Gonçalves, Helena Gil da Costa, Henrique Manuel Pereira e Susana Magalhães, coordenadores do Estudo e Inquérito Ético e Trabalho Híbrido: no Rescaldo da Pandemia. @ Sapo
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