No dia 24 de novembro, celebra-se o Dia Nacional da Cultura Científica. Esta comemoração deve-se à data de nascimento de Rómulo de Carvalho - 24 de novembro de 1906 - e iniciou-se a sua celebração em 1996. Rómulo de Carvalho, mais conhecido pelo seu nome literário (António Gedeão), foi um grande professor de Física e Química, poeta, historiador e divulgador da ciência.
É importante celebrar a Ciência e promover o gosto pela descoberta! Nesse sentido, os alunos das turmas de 7º ano deste Agrupamento, no âmbito da disciplina de Físico-Química, prepararam uma exposição sob o tema: “Astronomia”, expostos nos dias: 25, 26 e 27 de novembro. Todos poderão perceber a imensidão do Universo analisando no corredor do A5 as dimensões dos planetas do nosso Sistema Solar (Onde se encontrarão Urano e Neptuno??).
Depois de espreitarem os planetas do
Sistema Solar e as suas características, que tal uma visita à biblioteca para
ver os modelos 3D construídos pelos nossos talentosos alunos?
Aconselhamos todos os visitantes a levar o telemóvel para acederem ao desafio que preparamos. Podem ainda visualizar na tela os materiais digitais produzidos.
Alunos do 7º ano, disciplina de Físico-Química
"Pedra filosofal" é um poema de António Gedeão, publicado no livro Movimento Perpétuo. Delicie-se com com a leitura e audição do mesmo.
Pedra filosofal
Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se
agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.
Eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é
fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.
Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é Cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.
Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida.
Que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.
António Gedeão
envio de Arnaldo Rei, Cristiana Mendes e Sara Ascenção
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