sexta-feira, 12 de abril de 2024

educação: provas de 9.º ano vão ser realizadas “em papel” este ano

Europa Press via Getty Images
Já as provas de aferição do 2.º, 5.º e 8.º ano "continuam a ser realizadas em formato digital". Montenegro prometeu ainda iniciar "nos próximos dez dias" as negociações com professores.
Este ano letivo, as provas de 9.º ano vão realizar-se “em papel de forma excecional”, devido às “graves falhas” identificadas na disponibilização de computadores e para garantir a “igualdade de oportunidades”, anunciou o primeiro-ministro Luís Montenegro no discurso de apresentação do programa do Governo.

“Tendo sido identificadas graves falhas na disponibilização de equipamentos informáticos, na sua manutenção e na conectividade das escolas“, o Governo decidiu que as provas finais de 9.º ano vão realizar-se “em papel de forma excecional este ano letivo”, afirmou Luís Montenegro. O objetivo é “garantir a igualdade de oportunidades” entre alunos, explicou o primeiro-ministro, referindo que “13.639 alunos não receberam o kit digital” previsto.

A decisão surge depois de sindicatos, diretores e encarregados de educação se terem manifestado preocupados com a falta de condições para a realização de provas em formato digital, apelando ao regresso das provas em papel com especial enfoque para as provas de 9.º ano.

No entanto, o Governo assegura que a intenção de avançar com as provas finais de 9.º ano em formato digital — tal como previsto pelo Executivo de António Costa –– é para manter, à luz do “emprenho na transição digital”.

Já as provas de aferição do 2.º, 5º e 8º. ano “continuam a ser realizadas em formato digital” sublinha o ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI), em comunicado. “Esta opção permitirá aferir o conhecimento dos alunos, assim como avaliar as condições técnicas das escolas para a realização das provas em formato digital, tal como as competências dos alunos neste domínio”, acrescenta a tutela liderada por Fernando Alexandre.

A pesar na decisão está também o facto dos “compromissos assumidos no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)“, que preveem a alocação de 540 milhões de euros do PRR para a compra de computadores, melhorias no acesso à internet e para a realização das avaliações em modo digital, que “devem ser concretizados no ano de 2025″, acrescenta o ministério.

Luís Montenegro anunciou ainda que o Governo vai ” iniciar-se nos próximos 10 dias as conversações com os representantes dos professores”, tendo em vista a devolução do tempo de serviço congelado dos docentes, bem como com os representantes das forças de segurança para “tratar” do suplemento remuneratório reivindicado pela classe. Fonte: Sapo

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