Depois de, no final do ano passado, ter deixado a Europa em alerta, os estreptococos do grupo A são a origem de centenas de casos de infeções bacterianas graves, registadas desde início do ano no Japão, e que colocaram o país sob alerta das autoridades de saúde.
Segundo dados do Instituto Nacional de Doenças Infeciosas do Japão (NIID), desde o início de janeiro de 2024 contam-se 378 casos de Síndrome do Choque Tóxico Estreptocócico, uma infeção bacteriana causada pelos tais estreptococos do grupo A.
Para se ter uma ideia, é mais de um terço do total de 941 casos registados em todo o ano passado, pelo que as autoridades de saúde admitem que possam ser batidos recordes no número de infeções graves.
Ainda que possa parecer pouco para um país com uma grande densidade populacional, há que ter em conta a elevada taxa de mortalidade do STSS, em que 30% dos casos se revelam fatais.
A infeção é causada pela bactéria ‘Streptococcus Pyogenes’ e afeta da forma mais grave os adultos com mais de 30 anos. Propaga-se essencialmente através de gotículas respiratórias, contacto com mucosas orais e nasais, secreções respiratórias infeciosas e também através de exsudados de lesões cutâneas.
Podem causar grande variedade de processos infeciosos, como faringite, amigdalite, escarlatina, fasceíte necrotizante ou choque séptico.
A que sintomas devem as pessoas estar atentas?
Os sintomas podem ser variados e por vezes são pouco específicos no início. Só os médicos, depois de observarem os doentes, poderão fazer o diagnóstico.
Que cuidados devem ter para evitar situações semelhantes?
O Streptococcus pyogenes é uma bactéria facilmente transmissível de pessoa a pessoa, através de secreções respiratórias ou da saliva. Habita frequentemente a orofaringe e pode ser transmitida pela tosse, espirro e todas as situações em que haja dispersão de gotículas a partir de uma pessoa que tenha a bactéria na garganta. Como com todas as outras infeções de transmissão respiratória, esta é facilitada quando há aglomeração de pessoas, sobretudo em espaços fechados.
Como medidas preventivas principais salientam-se:
– lavar as mãos com frequência, com água e sabão, durante 20 segundos.
– usar lenço de papel antes de tossir ou espirrar e descartar imediatamente o lenço. Lavar de seguida as mãos com água e sabão.
– evitar partilha de copos ou talheres de alimentação, toalhas e outros objectos pessoais.
– evitar contacto próximo com outras pessoas se não se estiver a sentir bem. @ Sapo
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