Apresentada como uma promessa de transformação da educação, a escola digital começa a ser posta em causa por vários países. A visão sobre o futuro da escola não é unânime, mas vários estudos têm demonstrado que a compreensão de textos informativos em papel é superior à dos digitais.
Pioneira na aposta rumo a uma educação 100% digital a partir dos anos de 1990, três décadas depois a Suécia decidiu investir €65 milhões em 2023 e €45 milhões por ano, em 2024 e 2025, para reverter a digitalização total das escolas. Reduzindo o tempo que os alunos passam em frente a ecrãs, o país procura agora recuperar a aprendizagem tradicional, incluindo os livros impressos e a leitura silenciosa — duas das áreas nas quais os alunos suecos revelaram um pior desempenho nos últimos resultados do PIRLS (Progress in International Reading Literacy Study), que avalia a literacia e a leitura em crianças do 4.º ano de escolaridade de vários países.
De acordo com a ministra da Educação, a aposta no digital resultou de “uma postura acrítica” do anterior Governo, que considerou “a tecnologia necessariamente boa, independentemente do conteúdo”. E a Suécia não é caso único: países como Noruega, Finlândia e Países Baixos estão a reverter ou a repensar. Fonte: Fisga/Expresso
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