quarta-feira, 15 de novembro de 2023

saúde: "Como viver sem diabetes"- quais os piores e melhores alimentos e regras seguir

Em 2050, estima-se que a diabetes afete perto de 1,3 mil milhões de indivíduos em todo o mundo. Em “Como Viver Sem Diabetes”, livro com autoria do médico Manuel Pinto Coelho, é feita uma abordagem à doença, formas de a mitigar e como a enfrentar quem já dela padece. Do livro, publicamos o excerto “Alimentos bons e maus e regras”. Ontem, dia 14 de novembro comemorou-se o Dia Mundial da Diabetes.

Muitas pessoas viram os seus familiares mais queridos terminarem as suas vidas com complicações graves da diabetes, como doenças nos olhos, nos rins ou amputações; outros estão neste momento a vivenciar neuropatias ou parestesias várias, premonitórias da doença. Estas pessoas precisam de saber que podem evitar aqueles problemas se seguirem os conselhos dados neste livro, que incluem, à partida, uma boa dieta, ou como sempre preferi, um bom regime, além de algumas alterações ao seu estilo de vida”, sublinha o médico Manuel Pinto Coelho no seu mais recente livro Como Viver Sem Diabetes (edição Oficina do Livro).

Atualmente, a diabetes é um flagelo que assola uma grande fatia da população mundial. Segundo as últimas previsões, espera-se que duplique em apenas 30 anos o número de diabéticos à volta do globo, para cerca de 1,3 mil milhões em 2050. Portugal não será exceção. A pergunta que Manuel Pinto Coelho deixa no seu livro é: “porque não evitar a todo o custo este cenário, em vez de lidar com as consequências?” O médico mostra-nos que a diabetes tipo 2 pode não apenas ser prevenida, como bem diagnosticada e acima de tudo revertida. Isto numa obra dedicada a quem já foi diagnosticado com esta doença, bem como quem já dela padece há vários anos e quer encontrar outra solução que não a farmacológica.

Alimentos bons e maus e regras

A palavra dieta é normalmente associada a sofrimento e à privação dos prazeres do palato. Pois bem, aqui vamos demonstrar como uma alimentação saudável – a primeira das medidas para controlar e iniciar a reversão da diabetes tipo 2 – é, antes de tudo, um convite à descoberta dos melhores dos sabores e com benefícios na saúde.
O primeiro objetivo é reduzir o açúcar no sangue, pois os portadores de diabetes tipo 2 deparam-se com dificuldades na gestão dos açúcares pela insulina. Isso significa que, ao ingerir hidratos de carbono, o açúcar irá mais facilmente para o sangue do que no caso das pessoas sem alterações no metabolismo.
O truque é ingerir os alimentos certos, em quantidades certas, e na altura e forma corretas. Parece difícil, mas se pensarmos que é o suficiente para reduzir peso, e logo os variadíssimos riscos associados à obesidade, e equilibrar os níveis sanguíneos, recolocando a glicose onde é necessária (nas células, onde proporcionam a necessária energia ao organismo), então a tarefa já não se revela tão hercúlea. Hidratos de carbono, eis a questão! Tal como as gorduras e as proteínas, os hidratos de carbono são fornecedores de energia. Alimentos ricos em hidratos de carbono significam açúcar no organismo.

Isto porque os açúcares pertencem ao grupo dos hidratos de carbono, presentes em dois grupos, como se disse: os hidratos de carbono simples (constituídos por um ou dois açúcares simples, como a frutose, a lactose e a sacarose, rapidamente digeridos e absorvidos pelo organismo) e os hidratos de carbono complexos (constituídos por cadeias longas de açúcares, como o amido, digeridos e absorvidos de forma mais lenta).

O nível de açúcar nos diabéticos aumenta muito mais rapidamente do que nas pessoas sem problemas metabólicos, porque a insulina não funciona normalmente (resistência à insulina). E mais ainda se os nutrientes ingeridos forem os hidratos de carbono simples e que mais rapidamente entram na corrente sanguínea, com os respetivos danos. Por essa razão, um diabético não deve ingerir mais do que 25 gramas de hidratos de carbono por dia.

Alimentos ricos em hidratos de carbono: pão, bolos, farinhas, arroz, massa, batatas, leguminosas, leite e derivados, sumos de fruta, refrigerantes, snacks, comida pré-preparada…

Alimentos pobres em hidratos de carbono: carne, peixe, incluindo marisco, legumes (agrião, couve-de-bruxelas, brócolos, alho francês), ovos, fruta (abacate, morangos, amoras, framboesas, mirtilos, groselhas e melancia). Fonte: Sapo

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