Fernando Araújo, diretor executivo do SNS, avisa que "em causa" pode estar "a vida das pessoas". Por isso, deixa um apelo aos médicos: "Temos que mostrar que somos diferentes." A FNAM dá resposta.
Fernando Araújo, © Igor Martins/Global Imagens |
Caso não haja um acordo entre os médicos e o Governo, o mês de novembro vai ser o pior de sempre do Serviço Nacional de Saúde. O alerta é do diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Em entrevista ao jornal Público, Fernando Araújo avisa que pode estar em causa a vida das pessoas, por isso, deixa um forte apelo aos profissionais de saúde.
"É importante mostrar o desagrado, é importante ter capacidade de negociar com o Ministério da Saúde, é importante melhorar as condições salariais e de trabalho, mas há limites quando isso impacta na vida das pessoas", afirma.
Este recado de Fernando Araújo serve para fazer um apelo mais aos médicos do que aos sindicatos: "Nós somos diferentes e temos que mostrar que somos diferentes", diz o diretor executivo do SNS.
Os médicos têm de "reclamar direitos, mas de uma forma eticamente irrepreensível". Fernando Araújo pede que os médicos cheguem a um pré-acordo com o Governo na reunião marcada para sexta-feira, ou "pelo menos a um alinhamento de algumas posições". Fonte: TSF
A resposta dos médicos
Joana Bordalo e Sá Rui Oliveira/Arquivo Global Imagens |
Por sua vez, a Federação Nacional dos Médicos FFNAM) afirma que as críticas do diretor executivo do SNS, que disse que os médicos devem protestar "de forma eticamente irrepreensível", fazem ricochete para o Governo, lembrando que todos os dias cumprem com a ética. Segundo Joana Bordalo e Sá, parece que Fernando Araújo "não percebe que os médicos querem viver é do seu salário justo e não dessas horas extraordinárias ou de suplementos".
"A falta de ética está neste Governo, e nos outros todos, por terem mantido os médicos em Portugal como sendo os médicos com salários mais baixos a nível europeu", afirmou.
A presidente da FNAM, Joana Bordalo e Sá, lembra que "os médicos cumprem com a sua ética e deontologia todos os dias e é graças a isso que mantêm o Serviço Nacional de Saúde a funcionar". Fonte: JN
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