"A família organiza-se para levar a criança para receber a vacina e chega lá e dizem que não há. É possível que algumas dessas crianças não voltem a uma nova marcação", diz a Ordem dos Médicos. Por isso, certifique-se atempadamente se no seu Centro de Saúde há vacinas para o seu filho.
O Presidente do Colégio de Pediatria da Ordem dos Médicos, Jorge Amil Dias, disse, à data de 2 de junho, ser "difícil perceber" que haja falta de vacinas, advertindo que essa carência cria algum risco de perda de oportunidade de vacinação."O plano de vacinação define que uma vacina é dada aos dois meses, outra aos três, aos quatro e por aí a fora e não tem que ser num dia específico. O problema é que se houver uma marcação prévia de vacinação, a família organiza-se para levar a criança ao centro de saúde para receber a vacina e chega lá e dizem que não há vacina. É possível que algumas dessas crianças depois não voltem a uma nova marcação", explicou o pediatra.
Por isso, sustentou, "não ter 'stocks' disponíveis numa situação que é perfeitamente previsível cria algum risco de perda de oportunidades de vacinação, mais do que propriamente o facto de a criança não receber a vacina naquele dia específico, porque não é assim que a imunidade funciona".
Segundo o Expresso, a vacinação gratuita, sobretudo de recém-nascidos e crianças, está a ser feita a 'conta-gotas', adiantando que durante este ano ainda não foram compradas as vacinas necessárias e os centros de saúde estão a utilizar doses que sobraram do abastecimento anterior, sucedendo-se os relatos de falhas na imunização por todo o país.
Entretanto, o CRESCER sabe que foi autorizada pelo Governo uma despesa de cerca de 46,2 milhões de euros para aquisição de vacinas e tuberculinas, no âmbito do Programa Nacional de Vacinação durante o ano de 2023.
Jorge Amil Dias disse "achar estranhíssimo" este atraso, uma vez que as vacinas são algo que é previsível em termos de consumo. "Sabemos quantas crianças nascem e, portanto, é fácil para quem planeia as necessidades saber exatamente quantas vacinas vão ser precisas e onde". Fonte: Sábado
Porém, e apesar das notícias de junho, certifique-se se no seu Centro de Saúde existem vacinas para o seu filho poder ser vacinado como atempadamente.
Sem comentários:
Enviar um comentário
O CRESCER agradece o seu comentário.