sexta-feira, 21 de julho de 2023

professores: perto de 3.400 reformaram-se durante o ano letivo

 O número de jovens professores não compensa o número de aposentações. A classe profissional está cada vez mais envelhecida, com mais de metade dos professores em funções a ter mais de 50 anos.

Estudo de Diagnóstico de Necessidades Docentes de 2021 a 2030, publicado em 2021, já alertava para a falha no rejuvenescimento da profissão. O elevado número de professores a entrarem na reforma não coincide com o baixo número de jovens a iniciarem-se na profissão. A notícia é avançada pelo Diário de Notícias.
O documento disponibilizado pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC) mostra que o número de profissionais em funções tem vindo a descer nos últimos anos, um problema que se agrava devido à “estrutura etária envelhecida" da profissão, que tem "muitos docentes próximos da idade de reforma”.
As projeções indicam que seria necessário recrutar, em média, 3.450 novos docentes por ano, até 2030, o que representa uma necessidade cumulativa de 34.508 novos docentes - cerca de 30% dos professores em funções no ano letivo 2018/19.
No entanto, não é isso que se tem verificado: no ano civil de 2022, foi batido o recorde de aposentações de professores, com 2.401 docentes a entrar na reforma. 2023 vai pelo mesmo caminho: até julho contabilizam-se já 2.106 saídas e em setembro deverá ser alcançado um novo recorde.
O número de aposentações está a crescer, mas o número de jovens a entrar na profissão não. O saldo ao final de cada ano letivo tem sido negativo, o que significa que há cada vez menos professores ao serviço.
Os dados referentes à aposentação de professores, assim como dos trabalhadores da função pública, são disponibilizados pela Caixa Geral de Aposentações. Fonte: SicN

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