sexta-feira, 21 de julho de 2023

alerta pais: saiba o que destrói a felicidade das crianças e adolescentes

Há cada vez mais crianças e adolescentes a não conseguir gerir as suas emoções e os psicólogos explicam como podem os pais ajudar.


No que diz respeito à saúde mental dos mais novos, a verdade é que nunca houve tanto acompanhamento e tanta sensibilidade para as doenças do foro psicológico como na atualidade. Ainda assim, parece que nunca as nossas crianças e adolescentes sofreram tanto com a sua saúde mental como agora.

Apesar da pandemia ter sido uma agravante, o declínio da saúde mental dos jovens começou antes. Entre 2009 e 2019, o número de adolescentes a sentir tristeza e desespero aumentou 40%. Já os jovens a terem pensamentos suicidas aumentou 36%. A Covid-19 exacerbou depois todos estes sentimentos e problemas, refere o HuffPost.

Mas há uma coisa que praticamente todos os especialistas apontam como sendo o que destrói a felicidade das crianças e adolescentes: o facto de os pais estarem incessantemente a tentar garantir que os filhos são felizes. No final, faz mais mal do que bem.

O que os especialistas explicaram ao HuffPost é que muitos pais acreditam que as crianças têm de ser felizes constantemente, fazendo com que não aprendam a lidar com todo o espectro das emoções humanas de forma saudável. Além disso, quando os pais ficam focados em mostrar o seu agrado quando há sucessos, correm o risco de não mostrar aos filhos que os valorizam e amam incondicionalmente, independentemente de terem falhado ou acertado.

DICAS

Normalizar sentir todas as emoções e não apenas felicidade

Segundo os especialistas, fazemos um desserviço quando achamos que os dias das crianças são livres de preocupações. No entanto, isto não é verdade. Os mais novos também têm momentos de maior stress e de grandes emoções.

É importante, por isso, ensinar as crianças a identificar as suas emoções e lidar com elas. Além disso é importante mostrar também o valor as emoções negativas. O medo pode proteger, assim como a raiva nos diz que fomos magoados e a tristeza conecta-nos com o que é importante.

Conversar diariamente com os filhos

Uma das melhores formas de se manter a par das emoções dos seus filhos é conversando com eles diariamente. Falar todos os dias vai permitir-lhe reconhecer as emoções e ajudar a criança a navegá-las.

Treinar a gratidão

Os especialistas acreditam que se houver foco na gratidão, em apreciar as pequenas coisas boas do dia a dia, as crianças desenvolvem uma mentalidade que encoraja a felicidade.

Uma boa forma de treinar estes pensamentos é mostrar como se faz. Ou seja, quando estiver a falar com os seus filhos, refira também as coisas pelas quais está grato.

Mostrar que o amor que se tem pelos filhos é incondicional e não está dependente de sucesso

Um questionário feito recentemente mostra que há muitas crianças que acreditam que o seu valor está diretamente ligado com as suas vitórias – quer seja as boas notas na escola ou o número de likes nas redes sociais – e não a quem são enquanto pessoas.

Nenhum pai quer que o seu filho não se sinta amado, mas às vezes o foco no sucesso transmite esta mensagem de amor condicional.

Evitar fazer comparações

As comparações são uma outra forma de mostrar que valorizamos mais o sucesso das crianças do que quem são enquanto pessoas. Evite comparações entre irmãos ou amigos.

Repensar a forma como se elogia as crianças

Normalmente os pais são rápidos a elogiar os feitos académicos dos filhos. É uma atitude normal, mas que muitas vezes pode ter o efeito contrário ao desejado. Mais uma vez, estamos a mostrar às crianças que apenas as vitórias interessam.

Em vez de apenas se elogiar os feitos, os pais devem elogiar também aquilo que veem como características importantes dos filhos, como a empatia, o humor, a simpatia, a capacidade de resolver problemas, e tudo o mais que vejam como pontos fortes.

Mostrar à criança que ela importa

Uma forma de manter a saúde mental das crianças é mostrar que elas importam e que têm um papel a desempenhar no seio familiar. Os especialistas acreditam que uma boa forma de o fazer é dando-lhes tarefas para eles cumprirem. Fonte: IOL


Para refletir! (sublinhados não incluídos no original)

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