quarta-feira, 22 de março de 2023

país/consciência cívica: prémio "Cidadania Ativa 2023" distingue quatro estudantes da U.Porto

Uma estudante de Medicina apaixonada pela terra natal, uma futura economista que não poupa esforços para ajudar quem mais precisa, uma bióloga que luta por um mundo “mais verde” e um “quase doutor” preocupado com o envelhecimento saudável. 


São estes os perfis dos quatro vencedores do Prémio Cidadania Ativa 2023, galardão que será entregue a 22 de março (Dia da Universidade) aos estudantes da U.Porto que, ao longo do último ano, mais se destacaram no desenvolvimento de atividades extracurriculares de cidadania.
Este ano, o prémio na vertente Humanitária e/ou Solidária foi atribuído não a uma, mas sim a duas estudantes: Maria Inês Camelo e Emília Lopes Pinho.
Estudante do Mestrado em Economia e Gestão de Recursos Humanos da Faculdade de Economia (FEP)Maria Inês Camelo distinguiu-se pela sua participação em diferentes ações de voluntariado. Entre elas destacam-se os projetos de ajuda ligados à Cruz Vermelha, onde procedeu à elaboração e entrega de cabazes alimentares a famílias carenciadas e à distribuição de refeições ao domicílio a idosos.
Mas Maria Inês não ficou por aqui. No âmbito da Semear Futuro – uma associação estudantil que visa promover um melhor acesso à educação no Tarrafal, em Cabo Verde -, a futura economista  teve a oportunidade dar formações sobre diversas temáticas relevantes, tanto a crianças como a  jovens e adultos daquela região. No “currículo” de Maria cabe ainda a participação em diversas ações de ajuda humanitária em resposta à Guerra na Ucrânia, através da organização de pontos de recolha de doações de bens para os habitantes do país destruído pelas forças russas.
“Não é por isso que o faço, mas é sempre bonito ver o nosso trabalho reconhecido e valorizado”, afirma a jovem da FEP, quando questionada sobre o valor do Prémio Cidadania Ativa.
Mas não foi só Maria Inês que se distinguiu nesta área. Aos olhos da U.Porto, também Emília Lopes Pinho mereceu a distinção, pelos seus esforços no âmbito do projeto “Fafe é nosso”, uma iniciativa nascida da vontade de combater um dos grandes problemas da atualidade: a desertificação e isolamento do meio rural.
Inspirada na aldeia dos avós, a estudante do Mestrado Integrado em Medicina da Faculdade de Medicina (FMUP) deu asas ao sonho de fazer mais pela terra que tanto significado tem para si. Deste sonho, nasceu o festival “Fafe é nosso”, organizado por um grupo de 11 estudantes da FMUP, que desenharam todo um evento destinado a apoiar uma causa maior.  Um evento dinâmico, que reuniu um conjunto de atividades e ações e que alcançou uma quantidade preciosa de donativos.
Sobre a conquista do Prémio Cidadania Ativa, Emília Lopes Pinho enaltece o “apoio que a Universidade dá aos seus alunos” e encara o reconhecimento como “um aviso, um encorajamento para se fazer mais, para se tomar iniciativa”.

Por um mundo verde
Já na vertente da Defesa do Ambiente, a escolha da U. Porto recaiu este ano sobre Victória Valle, estudante da licenciatura em Biologia da Faculdade de Ciências (FCUP).
A estudante brasileira conheceu o voluntariado através da VERDE, uma associação sediada em Lousada, de conservação integrada da natureza, que lhe abriu as portas para uma causa mais nobre. E desde abril do ano passado que Victória tem vindo a participar ativamente em ações de voluntariado nas quais executa ações de conservação da natureza e de restauro ecológico.
Totalizando 348 horas de voluntariado pela associação criada em 2021, a estudante de Biologia mostrou uma notável dedicação à causa e um enorme espírito de iniciativa na luta pela preservação do meio ambiente, além dos seus esforços para envolver a comunidade acadêmica neste projeto .
Agora, em reconhecimento pelas suas ações, Victória Valle será distinguida com o Prémio Cidadania Ativa. E confessa: “O motivo pelo qual eu fui sequer qualificada para recebê-lo foi ter-me aberto a experimentar coisas novas. Fui sortuda o suficiente para me jogar em uma oportunidade que mudou a minha vida!”.
Uma ponte entre Saúde e Cuidados SociaisPor fim, no domínio do Desporto, Saúde e Bem-Estar, o premiado deste ano é Duarte Barros, estudante do Programa de Doutoramento em Atividade Física e Saúde da Faculdade de Desporto da U.Porto (FADEUP).
Duarte destacou-se pela sua colaboração com o “Observatório da pessoa idosa”, um projeto que decorreu em dez Estruturas Residenciais para idosos de cariz social, no concelho de Gaia, e que teve como objetivo de sensibilizar a comunidade para o envelhecimento saudável.
Sob a coordenação do estudante da FADEUP, a iniciativa contou com a participação de 35 idosos com idades compreendidas entre os 75 e os 100 anos, e com uma equipa integrada por antigos estudantes da Faculdade de Desporto e da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da U.Porto (FCNAUP). Com esta ação, foi possível estabelecer uma ponte entre a saúde e os cuidados sociais, bem como desmistificar a ideia dos efeitos negativos do exercício físico na população fragilizada.
Sobre a conquista do Prémio Cidadania Ativa, Duarte Barros diz que “este prémio representa o reconhecimento do percurso trilhado na realização de projetos com aplicabilidade e impacto social na área do envelhecimento saudável”, e realça o impacto do projeto na “ sua expressão no palco da cidadania”. 
Os vencedores desta 10.ª edição do Prémio Cidadania Ativa serão proclamados durante a Sessão Solene do Dia da Universidade 2023, ponto alto nas comemorações dos 112 anos da Universidade do Porto. 
Para além de um diploma individual comprovativo do Prémio, cada estudante receberá ainda uma menção no suplemento ao diploma, bem como um prémio monetário de 1000 euros. @ Notícias UP 

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