Estamos a meio de um período de atividade solar mais intensa, o que pode traduzir-se num aumento do número de alguns fenómenos.
Pela segunda vez nos últimos dias, o Solar Dynamics Observatory da NASA detetou um enorme buraco coronal capaz de gerar ventos solares que podem deslocar-se a 2,8 milhões de quilómetros por hora na direção ao nosso planeta. Na quarta-feira, o Solar Orbiter da Agência Espacial Europeia confirmou a passagem desses ventos a viajar a cerca de 700 km por segundo antes de atingir a Terra.
Este buraco na superfície solar foi observado apenas uma semana depois de um outro, ainda maior, que libertou ventos tão fortes que causou verdadeiros espetáculos de auroras boreais, o maior reflexo desta atividade na Terra.
Os buracos coronais são normais, mas Daniel Verscharen, professor de física espacial e climática na University College London, explica à Sky News que “este é especial porque está perto do equador do sol”. “Como o sol gira, um buraco coronal equatorial pode apontar para a Terra em algum ponto".
Mas porque é que a atividade solar está aumentar? O sol passa por fases de alta e baixa atividade aproximadamente a cada 11 anos, culminando em máximos e mínimos solares. À medida que o Sol se aproxima do próximo máximo solar, que acontece em junho de 2025, fenómenos como estas erupções solares aumentam. O professor Verscharen descreve esta ação como o sol “a acordar”.
Além de oferecerem os espetáculos nos céus, na forma das auroras boreais, os ventos solares – uma corrente de plasma lançada para o espaço a enorme velocidade, e as tempestades geomagnéticas que se seguem, causam, normalmente uma preocupação acrescida com a possibilidade de afetarem os satélites de comunicações, mas a tecnologia de que dispomos atualmente já permite ultrapassar estes fenómenos sem grandes constrangimentos.
A maior tempestade desse tipo já registada é conhecida como o Evento Carrington, que atingiu a Terra em 1859 e causou falhas nos sistemas de telégrafo na América e na Europa. @ Sapo
Sem comentários:
Enviar um comentário
O CRESCER agradece o seu comentário.