A sondagem da Aximage para TSF-JN-DN mostra que 92% dos inquiridos defendem a recuperação, embora em grau variável. Entre quem tem crianças, 67% sentiram o efeito das greves. Os avós foram o porto de abrigo.
25% vão mais longe e afirmam que deve ser garantida a recuperação integral e de forma imediata e apenas 8% parecem ter em conta os avisos do Governo de que a medida teria um impacto permanente na despesa pública de 331 milhões de euros, por ano e consideram que "não deve haver qualquer recuperação."
A ajuda dos avós e um ano de aprendizagem em risco
Esta sondagem pretendeu ainda tentar perceber o reflexo que as greves estão a ter na vida das famílias. Tendo em conta os inquiridos (58%) que têm crianças no seu círculo familiar mais próximo, bem mais de metade dão conta de que foram afetados pelas greves, com os avós a serem o porto de abrigo para os dias sem aulas.
67% dizem ter sido afetados pelas greves, sobretudo, no norte do país, 33% respondem que não.
Quando são questionados sobre as soluções para tratar das crianças e jovens sem escola, 65% referem os avós e outros familiares, 29% admitem que um dos pais teve de tirar dias de férias ou faltar ao trabalho e 27% recorreram a atividades de tempos livres.
A falta de professores é uma preocupação para 70% dos inquiridos que consideram que esse é um dos problemas das escolas e 42% relatam períodos de mais de duas semanas consecutivas sem professores. 58% não tiveram essa ausência.
Com este cenário, a esmagadora maioria dos inquiridos que se sentiu afetada acredita que as aprendizagens vão ser penalizadas, seja por causa das greves (55% ou pela falta de professores (30%).
Ficha técnica
A sondagem foi realizada pela Aximage para a TSF, JN e DN com o objetivo de avaliar a opinião dos Portugueses sobre temas relacionados com a greve dos professores. O trabalho de campo decorreu entre os dias 10 e 16 de fevereiro. Foram recolhidas 807 entrevistas entre maiores de dezoito anos residentes em Portugal. Foi feita uma amostragem por quotas, com sexo, idade e região, a partir do universo conhecido, reequilibrada por sexo e escolaridade. À amostra de entrevistas, corresponde um grau de confiança de 95% com uma margem de erro de 3,45%. A responsabilidade do estudo é da Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direção técnica de Ana Carla Basílio. @ TSF
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