Este programa foi desenvolvido a partir de um estudo experimental realizado com 20 crianças em idade pré-escolar.
Um grupo de investigadores do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços da Saúde (CINTESIS) desenvolveu um programa destinado a melhorar as competências de crianças com autismo ou do espetro da linguagem.
O centro, com sede no Porto, esclarece, em comunicado, que o estudo publicado na revista científica Brain Sciences tem como objetivo “promover a melhoria das competências programáticas” de crianças com perturbações do espetro do autismo.
A investigação, coordenada por Marisa Lousada do CINTESIS@RISE e da Universidade de Aveiro, focou-se em crianças com dificuldade em “olhar nos olhos, pedir algo ou exprimir emoções”. O programa está testado e validado, estando já a ser aplicado em vários jardins-de-infância em todo o país.
Este programa foi desenvolvido a partir de um estudo experimental realizado com 20 crianças em idade pré-escolar. As crianças, com perturbações do espetro do autismo, perturbação do desenvolvimento da linguagem e problemas de aprendizagem e de socialização, frequentavam jardins-de-infância do distrito de Aveiro.
Cada crianças frequentou 24 sessões, levadas a cabo no seu jardim-de-infância. Para a criação de “uma intervenção personalizada” os investigadores contaram com a ajuda das educadoras de infância, pais e encarregados de educação, bem como das outras crianças do jardim-de-infância que participaram em algumas sessões.
Os resultados do estudo foram animadores e mostraram uma “melhoria significativa em diferentes competências programáticas”, em particular ao nível da linguagem. Uma melhoria notada por todos os intervenientes.
Este primeiro estudo experimental mostra que o programa pode ser utilizado, por exemplo, por terapeutas da fala, numa prática clínica baseada em evidências científicas.
Os investigadores desenvolveram uma versão experimental, estando a ferramenta, que inclui um manual com todas as atividades e um conjunto de 300 cartões em papel com ilustrações coloridas, disponível para os profissionais.
O estudo contou também com a colaboração do Centro de Linguística da Universidade de Lisboa. @ Sapo
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